Em uma rede social, o governador João Doria (PSDB) lamentou o ocorrido e falou que o caso será investigado: "Lamento profundamente as mortes ocorridas no baile funk em Paraisópolis nesta noite. Determinei ao Secretário de Segurança Pública, General Campos, apuração rigorosa dos fatos para esclarecer quais foram as circunstâncias e responsabilidades deste triste episódio", disse ele no Twitter.
"Foi uma ação desastrosa da Polícia Militar porque gerou tumulto e mortes na comunidade de Paraisópolis, com a repressão ao baile funk. Todas as circunstâncias precisam ser apuradas, se de fato houve uma perseguição policial contra suspeitos ou se isso foi inventado como um álibi dos policiais", afirmou o advogado Ariel de Castro Alves, membro do Conselho Estadual de Direitos Humanos (Condepe).
"Mesmo tendo perseguição, não se justifica esse tipo de ação. Deveria ter um planejamento maior, já que ali estavam 5 mil pessoas. A polícia precisa estar preparada para evitar tragédias, desastres, mortes, tumultos, como esse que ocorreu em Paraisópolis", completou Alves.
Segundo a versão oficial, policiais militares perseguiam dois suspeitos em uma motocicleta quando entraram no local onde ocorria a festa, com cerca de 5 mil pessoas. Havia seis motocicletas da PM estacionadas na altura da Avenida Hebe Camargo, na zona sul, para reforçar o patrulhamento da região por causa do baile funk.
Por volta das cinco horas da manhã, passou pelo local uma outra moto com dois suspeitos, que dispararam contra os agentes de segurança e fugiram em direção a Paraisópolis. Os policiais, então, perseguiram a dupla, de acordo com o registro policial.
Ao chegar à comunidade, os policiais afirmam que teve início o tumulto e os suspeitos se esconderam na multidão. Isso causou pânico e fez com que participantes da festa tropeçassem e se machucassem gravemente. As identidades das vítimas - uma mulher, sete homens e um adolescente de 14 anos - ainda não foram divulgadas.