[FOTO1]O presidente da República, Jair Bolsonaro, participou na manhã desta quarta-feira (27/11) da abertura da 1; Feira de Sustentabilidade do Polo Industrial de Manaus. Durante o discurso, o chefe do Executivo declarou que o território amazônico tem sido subutilizado devido ao "alto índice de demarcações de terras indígenas feitas pelos governos de esquerda". Ele também voltou a defender a exploração da mineração em territórios indígenas.
"Nossos índios, a maior parte deles, são condenados a viver como homens pré-históricos dentro do nosso próprio país. Isso tem que mudar. O índio quer produzir, quer plantar, quer os benefícios e as maravilhas da ciência, da tecnologia. Todos nós somos brasileiros", disse. E emendou: "Por que reservar um espaço sobre uma terra onde você não pode fazer nada sobre ela? Nós queremos o índio fazendo na sua terra exatamente o que o fazendeiro faz ao lado. Podendo inclusive garimpar."
Bolsoanro destacou ainda que está prestes a enviar um projeto de lei com essa finalidade. "É uma sugestão minha, o projeto está bastante avançado nesse sentido. Nós não queremos manter o índio como se fosse um homem pré-histórico dentro de sua terra", acrescentou.
O presidente ainda elogiou a Zona Franca de Manaus, afirmando que ela nasceu para integrar a região amazônica e, com isso, protegê-la. "Mas, quando a riqueza é grande, devemos redobrar a nossa preocupação com ela. Cito a indústria da demarcação das terras indígenas. Temos um estado tomado por parques nacionais, políticas ambientalistas que em parte prejudicaram o crescimento do nosso Brasil."
ONGs e queimadas
O presidente também voltou a dizer que as ONGs podem ter provocado as queimadas na região amazônica. Para basear a afirmação, ele citou uma operação da Polícia Civil em Santarém (PA), que prendeu membros de ONGs por suposto envolvimento com queimadas na região.
"Há pouco, disse que queimadas eram feitas por ONGs, agora a polícia do Pará aponta queimadas feitas por ONGs. Aos poucos a verdade aparece." O presidente também reforçou a versão nas redes sociais, onde escreveu: "Em outubro declarei que muitos focos de incêndio poderiam estar ligados a ONGs. Agora a polícia paraense prende alguns suspeitos pelo crime", concluiu.