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O Ministério da Educação (MEC) anunciou ontem que cerca de 70 mil escolas públicas urbanas estarão conectadas com internet banda larga já em 2020. Segundo a pasta, ao menos 27,7 milhões de estudantes dos três ciclos da educação básica ; ensinos infantil, fundamental e médio ;, serão beneficiados.
A medida faz parte do programa Educação Conectada, que tem o objetivo de apoiar a universalização do acesso à internet e fomentar o uso pedagógico de tecnologias digitais na educação básica. Neste ano, a Educação já havia proporcionado a conexão de banda larga para 24,5 mil escolas públicas urbanas. A pasta também garantiu recursos para que 9,9 mil colégios que eram contemplados desde 2018 pudessem aprimorar o serviço.
Serão 32 mil novas instituições de ensino com acesso à internet. Segundo o ministério, outras 3,6 mil escolas que já contam com a conexão de banda larga receberão uma quantia para manter o programa. O investimento para atender esses colégios, de acordo com o MEC, foi de R$ 224 milhões, e será possível ainda implantar infraestrutura para distribuição do sinal nas unidades escolares e adquirir ou contratar dispositivos eletrônicos.
;O Brasil precisa entrar na era da internet. Assim como já dissemos que o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) tem que ser digital até 2026, a educação tem que ser digitalizada antes disso;, frisou o ministro da Educação, Abraham Weintraub. ;O que antes era raro, agora passa a ser regra: escolas públicas conectadas. Estamos buscando eficiência e boa gestão.;
Nem todas as escolas públicas urbanas, contudo, estarão atendidas. Isso porque o MEC coloca quatro requisitos para que os colégios possam receber a conexão: ter pelo menos três computadores para uso dos alunos; ter no mínimo um computador para uso administrativo; ter uma sala de aula em funcionamento ou mais; e ter mais de 14 alunos matriculados.
Segundo Weintraub, o Brasil obteve os piores resultados, dentre os países da América do Sul ; e em comparação com as nações latino-americanas ;, no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês), cujo resultado será divulgado no próximo dia 3 pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Apenas os alunos da República Dominicana ficaram atrás dos brasileiros. Dos 70 países que participaram da amostra, Peru e República Dominicana foram os únicos latino-americanos com notas inferiores às do Brasil.