O Distrito Federal enviou 35 militares do Corpo de Bombeiros e disponibilizou uma aeronave especializada para combater os incêndios florestais no Mato Grosso do Sul. De acordo com o coordenador-geral de gerenciamento de desastres da Defesa Civil Nacional, Aldo Batista Neto, o estado conta, ainda, com ajuda de unidades do Exército, dos órgãos de proteção ambiental e até da Polícia Rodoviária Federal. As corporações, bem como o governo estadual também contam com diversas aeronaves. Ao todo, são mais de 130 mil hectares consumidos pelas chamas, com 2,2 mil focos de incêndio, a maioria na região do Pantanal, um dos mais importantes biomas do mundo.
As chamas se alastraram pelo Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro e para a Serra do Amolar, regiões que conservam importantes espécies de plantas e peixes. Atingiram ainda a região histórica de Forte Coimbra, em Corumbá, região com construções que datam do século 18. Para se ter uma ideia das dimensões do incêndio, a cidade do Rio de Janeiro (RJ) ocupa uma área de 125.500 hectares, isto é, 5 mil a menos que a área destruída pelo fogo.
Para lidar com a situação, o governador sul-mato-grossense, Reinaldo Azambuja, decretou estado de emergência. À Agência Brasil, o sargento André Marti, do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul, contou que colegas encontraram diversos animais carbonizados. ;É impactante, porque a região é um santuário de animais, tanto silvestres quanto gado;, afirmou.
Questionado sobre a necessidade de combater os incêndios em Mato Grosso do Sul e, simultaneamente, lidar com o petróleo que atingiu a costa do Nordeste, o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Eduardo Bim afirmou que uma ação não atrapalha a outra. ;Estamos trabalhando no Pantanal. Estamos lá. Não vejo prejuízo;, disse durante coletiva de imprensa no Ministério da Defesa. Abordado pelo Correio após a declaração, ele não quis falar com a reportagem.
Aldo Batista concorda com Bim. ;Ainda ontem, eu conversava com o coordenador estadual da Defesa Civil no estado. Eles estão com várias ações para combater os focos de incêndio. Houve uma reignição, ou, de alguma maneira, o fogo retomou novamente as proporções que tinham anteriormente. Mas as ações locais não estão comprometidas pelo trabalho no litoral;, garantiu.