As suspeitas indicam que o derrame tenha origem de alguma embarcação que navegava pela costa do país. Outra informação aventada também aponta para o vazamento de óleos de campos venezuelanos, confirmou Ilques. O comandante da Marinha, no entanto, evitou cravar a participação do governo venezuelano ou de alguma empresa do país. ;Essa é uma informação que faz parte do inquérito. Nesse momento, vamos ficar com informação da origem da Venezuela. Seria uma ilação perigosa e antiética envolver o governo da Venezuela nesse tipo de atividade, mesmo que uma simples ilação. Não é correto falar isso;, justificou.
O comandante frisou, contudo, que nenhuma linha de investigação está abandonada. ;A de momento, vamos abrir inquérito no âmbito da Marinha e da Polícia Federal, que interagem. Nâo posso dizer que essa linha, o ;dark ship;, foi abandonada ou não foi. Estamos com amplo espectro, como um navio mercante que passou pela nossa costa;, destacou. A possibilidade de ser um navio que tenha desligado o sistema de identificação na costa brasileira, tornando-se um ;navio fantasma;, está entre as avaliações.
A suspeita de uma mancha de óleo identificada na Bahia também está sob investigação. Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) identificaram uma mancha característica de óleo no sul do estado. Ilques explica que essa mancha foi investigada na terça (29) e nesta quarta. ;Foi vista por satélite com apoio da nossa Força Aérea, que enviou, em coordenação com nosso distrito naval, uma aeronave lá. E enviou uma outra aeronave hoje. Posicionamos navios, deslocamos com apoio da Petrobras outro navio por conta dessa mancha específica, mas, até o momento, ela não foi confirmada. Não quer dizer que não exista. Estamos buscando com a maior atenção;, explicou.