O óleo que suja o Nordeste brasileiro já atingiu pelo menos quatro áreas de mangues de Pernambuco, um ecossistema rico em biodiversidade e que, uma vez contaminado, torna-se praticamente impossível de ser limpo, por causa do emaranhado de suas raízes, da vegetação e da composição do solo desses locais.
A contaminação foi confirmada pela Marinha. Há relatos de contaminações de mangues em outros Estados, como Alagoas e Bahia. O trabalho de limpeza dessas áreas é feito com as mãos, dada a complexidade e fragilidade dos manguezais.
Segundo o almirante da Marinha, João Alberto Lampert, por causa do ineditismo da situação, não havia um protocolo ambiental sobre como lidar com esse tipo de contaminação de mangues.
"Fizemos um congresso científico em Pernambuco. Estamos reunindo informações com universidades e institutos para fazer maiores estudos e o estabelecimento de protocolos específicos que podem ajudar a lidar com isso", comentou Lampert.
Nesta terça-feira, 29, o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, disse que houve registro de novas manchas em 19 localidades do Nordeste, mas não deu detalhes sobre essas localidades. O governo tem afirmado que, apesar das novas ocorrências, o volume total do petróleo cru tem diminuído.