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Assassinato de Marielle: citação a Bolsonaro pode levar caso ao Supremo

Segundo testemunha, acusado de matar a vereadora teria se reunido com outro suspeito no condomínio onde morava presidente dizendo, na portaria, que iria até a casa de Bolsonaro

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 29/10/2019 21:51

[FOTO1]Suspeito da morte de Marielle Franco, Élcio de Queiroz teria se reunido com outro acusado no Condomínio Vivendas da Barra, no Rio de Janeiro, onde o presidente Jair Bolsonaro tem casa. Ao entrar, teria alegado que iria até a casa do presidente, de acordo com o depoimento do porteiro. Encontro teria sido horas antes do assassinato, em 14 de março de 2018. Bolsonaro, no entanto, estava em Brasília nesse dia.

As informações foram reveladas pelo Jornal Nacional nesta terça-feira (29/10). De acordo com o livro de registros, às 17h10 da data do crime, Élcio entra no condomínio em um carro, um Logan, de placa AGH 8202, e a casa que o visitante iria seria a de número 58, a do presidente.

De acordo com o porteiro, depois que Élcio se identificou na portaria, ele ligou para confirmar se o visitante tinha autorização para entrar. Disse também que identificou a voz de quem atendeu como sendo a do "seu Jair".

No depoimento, o porteiro ainda diz que acompanhou a movimentação do carro e que viu que o veículo parou na casa 66, onde morava Ronnie Lessa, acusado de matar Marielle e Anderson.

Após isso, o porteiro ligou de novo na casa 58, e que o homem identificado por ele como "seu Jair" teria dito que sabia para onde Élcio estava indo.

Presidente estava em Brasília

O então deputado Jair Bolsonaro, no entanto, estava em Brasília, No dia, ele registrou presença em duas votações no plenário: às 14h e às 20h30. Ele também postou vídeos nas redes sociais em que mostrava que ele estava na Câmara dos Deputados.

Devido à citação ao nome do presidente, a lei obriga que o Supremo Tribunal Federal (STF) analise a situação. De acordo com o Jornal Nacional, representantes do Ministério Público do Rio de Janeiro já teriam procurado o presidente da Corte, Dias Toffoli, para saber como proceder.

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