[FOTO1]Os ;dark ships;, ou navios sem identificação, estão na mira da Marinha, de acordo com o comandante almirante Ilques Barbosa Júnior. Ele declarou que a investigação sobre a origem do vazamento do óleo na costa nordestina tem como foco principal cerca de 30 navios, de 10 diferentes países, que passaram ultimamente próximo à região. Mas não descarta a possibilidade de um dos outros 970 navios identificados pela Marinha ter responsabilidade com o maior desastre ambiental do país. Além de todos esses, os dark ships também serão monitorados. ;Vamos continuar até onde for necessário. Se demorar 200 anos, vamos ficar 200 anos nisso até achar;, prometeu.
O comandante afirmou ainda que não há indícios de que o acidente tenha sido provocado pelo governo ou pela indústria venezuelana. ;O que se sabe pelos cientistas é que o petróleo é de origem venezuelana, não quer dizer que houve em algum momento, e não houve isso, envolvimento de qualquer setor responsável tanto no público quanto no privado na Venezuela;, contou, após encontro com o presidente interino Hamilton Mourão. A declaração foi dada horas depois de o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, ontem (21/10), ter feito, pelo twitter à deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP).
Pela rede social, Salles afirmou: ;Você é que não tem vergonha. Mas deveria ter, e muita, pois o petróleo que está atingindo o Nordeste e o Brasil, é venezuelano, cujo governo ditatorial comunista vocês apoiam;. Falou, ainda, que a não comunicação do derramamento de óleo é um ato criminoso, conforme as normas internacionais de navegação e que o governo considera pouco provável que a causa esteja ligada a uma transferência de petróleo entre navios em alto mar, considerada muito arriscada. ;Todo incidente de navegação pelas regras internacionais é obrigação que os comandantes informem, o que não ocorreu;, afirmou.