Quando foi abordado, o motorista soprou o bafômetro e o resultado apontou 1,24 miligramas de álcool por litro de ar expelido pelos pulmões. Após aferição, o resultado final fechou em 1,14 mg/l, valor que é mais de três vezes maior do que o limite considerado para um motorista ser preso pelo crime de embriaguez, que é de 0,34 mg/l.
De acordo com o chefe do Núcleo de Policiamento e Fiscalização da delegacia de Uberlândia da PRF, Matheus Rodrigues, o condutor apresentava vários sinais de embriaguez, como olhos vermelhos, hálito etílico e fala desconexa, o que por si só já seria suficiente para motivar a prisão mesmo se ele não soprasse o etilômetro.
"Numa situação dessas, o condutor perde completamente o discernimento e poderia ter causado uma tragédia", diz o policial, que diz nunca ter se deparado pessoalmente com um nível tão alto de álcool no sangue de um motorista.
O agente da PRF orienta os motoristas a entrarem em contato imediatamente com o telefone de atendimento da instituição (191) caso se deparem com uma situação desse tipo. Policiais rodoviários de Goiás, que reforçam o policiamento na divisa dos dois estados, informaram que o motorista é do município de Cachoeira Dourada. Os dois estados, Minas e Goiás, possuem municípios com o mesmo nome, um de cada lado da divisa, separados por uma represa.
Ele informou que tomou o sentido errado da BR-153, o que indica que ele se dirigia ao município goiano, mas acabou indo parar em Minas Gerais.
Segundo a PRF, o motorista foi preso e encaminhado para a delegacia de plantão da Polícia Civil de Canápolis, também no Triângulo. O percurso de 17 quilômetros na contramão terminou com cinco multas aplicadas, que somam R$ 3,7 mil. As infrações registradas foram dirigir sob efeito de álcool, transitar pela contramão, deixar de manter as luzes acesas, desobedecer ordem do agente de trânsito e deixar de utilizar cinto de segurança.
A reportagem do Estado de Minas entrou em contato com a Polícia Civil e aguarda retorno sobre o encerramento do caso na delegacia.