Para o padre João Firmino Galvão, pároco da Arquidiocese de Brasília, o fim de semana foi um dos mais especiais para o catolicismo brasileiro, pois, além da canonização de Irmã Dulce, ocorreu a celebração da padroeira do país, Nossa Senhora Aparecida, e o Círio de Nazaré (leia mais na página 6).
;Fomos convidados a olhar para o outro de maneira plena. No sábado, olhamos para as crianças, que trazem alegria, esperança e renovam a nossa confiança em um mundo melhor. Ontem, reconhecemos as graças de Deus na própria vida por meio da intercessão de Nossa Senhora de Nazaré. Por fim, vivenciamos a canonização de Irmã Dulce, uma graça de Deus que nos convida a não só olhar para a nossa individualidade, mas a ver que há pessoas ao nosso lado. Para tornarmos a nossa vida melhor, para podermos mudar o mundo, nós temos de olhar para o outro;, destacou.
Padre Firmino, como é conhecido, até foi convidado para ir ao Vaticano e presenciar a cerimônia, mas não pôde viajar. No entanto, mesmo de longe, assistiu à solenidade. ;Irmã Dulce é aquela brasileira que pensou nos pobres e nos mais pobres ainda, aqueles doentes e rejeitados por todos. Dessa forma, conseguiu mudar a realidade de muita gente, simplesmente pelo fato de valorizar o outro. Para a realidade que vivemos atualmente, essa lição é extremamente importante;, analisou o padre.
Segundo ele, qualquer um é capaz de auxiliar o próximo. ;Para fazer o bem, não precisamos de muita coisa. Os gestos mais pequenos já contam. Esse é o legado que ela deixou e que nós temos de absorver: a minha realização está no fazer ao outro aquilo que eu gostaria que fosse feito para mim e para aqueles que mais necessitam;, reforço padre Firmino. (AF)