Entre os seis denunciados pela promotora de Justiça Luciana André Jordão Dias, estão coordenadores do Movimento Social de Luta por Moradia (MSLM) e engenheiros ligados à administração municipal. Para a promotora, todos colaboraram, com omissão e negligência, para o fato.
Os líderes do movimento foram denunciados por cobrar e receber contribuição financeira das vítimas e dos demais moradores do local, alegando que o dinheiro seria usado para reparos e manutenção do prédio. Porém, segundo o Ministério Público, não foram feitas melhorias no prédio.
De acordo com o MPSP, os engenheiros da prefeitura de São Paulo deixaram de determinar a necessária interdição do prédio. A promotora diz, na denúncia, que o prédio deveria ter sido interditado pela prefeitura porque apresentava danos em sua estrutura, além de ter ligações irregulares de energia elétrica, lixo no fosso do elevador e uso de botijões de gás no interior das separações das moradias, que eram feitas com tapumes. Para Luciana, todos esses fatores aumentam o risco de incêndio.
A denúncia foi encaminhada à Justiça. Todo o processo tramita em segredo de Justiça. Caso a denúncia seja aceita, os envolvidos responderão pelo crime de homicídio culposo (quando não há intenção de matar).
A Agência Brasil entrou em contato com a prefeitura de São Paulo, mas, até este momento, não obteve retorno. A reportagem não conseguiu contato com o Movimento Social de Luta por Moradia.