A autorregulação das universidades privadas voltou à tona ontem, durante discurso do ministro da Educação Abraham Weintraub, durante o 21; Fórum Nacional do Ensino Superior Particular Brasileiro (FNESP). ;O que o governo vai fazer por vocês? Nada! Vocês têm que se virar;, disse em resposta aos representantes das universidades particulares logo no início do discurso. De acordo com o ministro, a autorregulação é uma ;oportunidade gigantesca; para os dirigentes do ensino superior. ;Vocês estão diante de um governo liberal, que vai dar liberdade para vocês e vai cobrar responsabilidade das suas ações;, disse.
Weintraub explicou que essa autorregulação dependeria de uma negociação das universidades privadas com o setor público. ;Eles têm que se organizar e apresentar uma proposta. Com base nessa proposta, a gente vai dar mais ou menos liberdade;, indicou. Apesar de defender a proposta que dá mais liberdade para faculdades privadas, o ministro afirmou que a medida não significa que a pasta deixará de fiscalizar o setor.
;A supervisão do Estado é mantida. O setor se autorregula e o Estado fiscaliza e observa se está funcionando adequadamente. Isso já tem em várias áreas da economia. Você permite maior liberdade com responsabilidade. É uma mudança cultural muito grande;, ressaltou. No entanto, para temas mais delicados, ele salientou que deve haver mais controle do governo. ;(Curso de) Medicina, eu acho que tem que ter menos liberdade, porque é uma coisa nevrálgica. Um curso que é ligado a uma coisa mais etérea poderia ter um pouco mais de liberdade;, acrescentou. (GP, IM e MEC)