Jornal Correio Braziliense

Brasil

Polícia analisa armas de militares para investigação da morte de Ágatha

O armamento passará por confronto balístico com o projétil retirado do corpo da vítima no Instituto Médico Legal

A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro informou, nesta terça-feira (24/9), que as armas dos policiais que estavam em patrulhamento no dia do assassinato da menina Ágatha Félix, 8 anos, foram recolhidas e serão analisadas para determinar se o disparo veio de algum militar da corporação.

O armamento passará por confronto balístico com o projétil retirado do corpo da vítima no Instituto Médico Legal. Familiares da menina e alguns policiais prestaram depoimentos nos últimos dias. Hoje, outros militares ainda serão ouvidos.

Protestos

No sábado (21/9), moradores no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio, comunidade em que a menina vivia, tomaram as ruas manifestando contra a política de segurança adotada pelo governador do estado, Wilson Witzel. No protesto, era possível ler nos cartazes a frase: "Parem de nos matar".

Ágatha foi atingida nas costas por um tiro de fuzil dentro da Kombi em que viajava com o avô. A menina foi levada para o hospital, mas não resistiu ao ferimento e morreu na madrugada de sábado.

De acordo com a plataforma Fogo Cruzado, Ágatha é a quinta criança morta em troca de tiros no Grande Rio este ano.

* Estagiária sob supervisão de Roberto Fonseca