Nas imagens, que o Correio optou por não reproduzir, o homem aparece sentado no chão, amordaçado e amarrado, com as calças abaixadas. Um dos seguranças questiona se ele vai voltar lá para ;encher o saco;. Em seguida, obriga a vítima a estender a mão e lhe aplica choque com uma taser. As agressões continuam com o que parece ser um cabo de vassoura. A pessoa agredida chora e treme bastante.
Em nota, o supermercado Extra diz que tomou conhecimento dos fatos do vídeo no último dia 12 e que imediatamente iniciou uma apuração interna para apurar o ocorrido e tomar as providências necessárias. "A rede lamenta profundamente que tal comportamento possa ter ocorrido em uma de suas unidades, uma vez que proíbe o uso de qualquer tipo de violência, por meio de suas políticas internas", afirma o texto.
De acordo com a empresa, o início das investigações apontam que o caso ocorreu no início de 2018, na unidade do Morumbi (SP). A partir das apurações iniciais, o Extra afirma que decidiu demitir o responsável pela área de prevenção da loja. "E, ainda, para que esse processo seja conduzido de maneira isenta, a empresa e os seguranças alocados naquela loja foram imediatamente afastados da unidade, até que a investigação interna seja concluída", prossegue o comunicado.
Segundo a Polícia Civil, o 89; DP instaurou inquérito policial para apurar os fatos e analisar as imagens. "Representantes da empresa de segurança e do supermercado serão ouvidos. Até o momento, não foram localizados registros de lesão corporal no local e período citados", diz, em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.
Outro caso
Nas imagens que motivaram a instalação do inquérito, um rapaz de 17 anos aparece sendo chicoteado nu e amordaçado por seguranças do mercado Ricoy, na Vila Joaniza. Ele teria furtado um chocolate.