Jornal Correio Braziliense

Brasil

Combate à dengue

Para tentar conter o avanço da dengue no país, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, lançou ontem campanha publicitária de combate ao mosquito Aedes aegypti. A campanha E você? Já combateu o mosquito hoje? A mudança começa por você tem como objetivo incentivar os brasileiros a mudarem de atitude. ;O problema não é informação, mas a indução do comportamento das pessoas. É importante que elas peguem essa informação e não joguem fora. Tem pessoas que não agiram da maneira adequada e perderam familiares;, disse o ministro.

Segundo Mandetta, uma pesquisa realizada pela pasta mostrou que 90% dos entrevistados sabiam dizer o que era o mosquito e citar ações que deveriam ser tomadas para evitar a proliferação do Aedes aegypti, mas apenas 10%, efetivamente, agiam nesse sentido. De acordo com o ministro, serão investidos R$ 12 milhões na ação publicitária, que começou ontem nos sites e hoje nos demais veículos.

De acordo com o Ministério da Saúde, a previsão é de R$ 1,9 bilhão destinados a investimentos em ações de vigilância em saúde, repassados aos estados para execução de ações preventivas: visitas de agentes e programas de conscientização locais.

A antecipação da campanha de conscientização, segundo Mandetta, tem como objetivo aproveitar o período seco para eliminar qualquer foco do mosquito. Segundo informou, os mosquitos põem ovos em lugares estratégicos, sempre perto de humanos e voam somente de 40 a 50 metros. Os ovos podem viver até 400 dias sem água, prontos para eclodir na estação das chuvas. ;Quando a chuva chega, já tem bilhões de ovos postos e infectados, pois é assim que transmite o vírus. A intenção [com a campanha] é retirar tudo que eles possam ter botado até o verão;, afirmou.

O ministério calcula que apenas 10 minutos por semana são suficientes para combater o mosquito. A proposta é olhar lugares que geralmente são focos, como ralos, garrafas e pneus. ;Dá tempo de antes do período das chuvas fazerem os grandes mutirões e não esperar o ciclo da doença instalado para começar a fazer. Se tivesse feito cedo, com certeza o risco de epidemia seria muito menor;, disse.

* Estagiária sob supervisão de Rozane Oliveira