<div style="text-align: justify"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2019/09/06/781106/20190906081259863672a.jpg" alt="Para enfrentar a queda das coberturas vacinais, o Ministério da Saúde tem atuado com o Movimento Vacina Brasil," />Dados apresentados nesta quinta-feira (5/9) pelo Ministério da Saúde mostram que a BCG foi a única vacina a alcançar a cobertura vacinal pretendida nos anos de 2017 e 2018. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">O levantamento foi feito com informações acessadas na base do DataSus em 15 de julho deste ano e foi apresentado na Jornada Nacional de Imunizações, em Fortaleza. Foram consideradas as metas de 16 vacinas do esquema básico e de reforço indicadas para crianças de até um ano, de um ano e gestantes. Para as imunizações BCG e Rotavírus, a meta era vacinar mais de 90% do público alvo, e, para as demais, superar os 95%.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2019/09/06/781106/20190906081420804836a.jpg" alt="Iuna Shoy, 23 anos, mudou-se da Coreia do Sul para o Brasil e já se preocupa com as doenças típicas do novo país. Ela aproveitou para vacinar a filha Larissa, de 10 meses de idade" />A BCG, que previne a tuberculose, teve cobertura de 96,41% em 2017 e de 96,09% em 2018. Já a hepatite B, que também deve ser tomada ao nascer, atingiu 84,7% em 2017 e 85,7% em 2018. Meningococo C, pentavalente e pneumocócica foram outras que ficaram perto dos 85% em 2018.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Um dos casos que mais chama atenção é da vacina de poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, que atingiu 100% de imunização em 2013 e caiu para menos de 90% desde 2016, obtendo coberturas de 84,43% (2016), 83,82% (2017) e 88,6% (2018). A pólio já foi erradicada do país, mas ainda há casos registrados em localidades da Ásia Central.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Apesar de ter se elevado nos últimos anos, a cobertura da vacina dTpa para gestantes atingiu apenas 62,81% em 2018, enquanto a meta é chegar a 95%. A vacina previne contra difteria, tétano e coqueluche. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Para enfrentar a queda das coberturas vacinais, o Ministério da Saúde tem atuado com o Movimento Vacina Brasil, que inclui ações como incentivo para que os municípios estendam o horário de funcionamento das unidades básicas de saúde e reforcem a vacinação nas fronteiras. Entre os dias 16 e 27 de setembro, o ministério fará uma ação para vacinação contra o sarampo e a febre amarela nessas áreas. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Outra frente da pasta é a promoção de pesquisas para entender as causas da redução das coberturas de vacinação e a percepção social da imunização. A coordenadora geral substituta do Programa Nacional de Imunizações , Francieli Fantinato, representou o Ministério da Saúde na Jornada e defendeu ainda o engajamento dos profissionais de saúde no tema, para que não se perca oportunidades de vacinar também adolescentes e adultos.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"É de extrema importância que os profissionais tenham consciência, que em qualquer momento que o adolescente ou adulto estejam na unidade de saúde, seja avaliada a carteira de vacinação para que não seja perdida a oportunidade de vacinar".</div><h3 style="text-align: justify">Febre Amarela</h3><div style="text-align: justify">Outra doença que está com cobertura vacinal abaixo da meta de 95% é a febre amarela. Segundo os dados apresentados pelo Programa Nacional de Imunizações, apenas 64% do público-alvo foi imunizado. O governo federal trabalha agora para intensificar a vacinação nos três estados da Região Sul, onde foram mapeadas áreas que requerem vacinação imediata, áreas de risco mais elevado e outras de risco mais moderado. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">No Brasil, apenas Distrito Federal, Goiás e Roraima atingiram a meta de vacinar 95% do público-alvo. Santa Catarina tem uma das menores taxas de vacinação, com menos de 40%. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">A vacina de febre amarela é indicada para pessoas que vivam ou vão viajar para áreas que tiveram vacinação recomendada. No entanto, há restrições e contraindicações, que podem ser consultadas no site do Ministério da Saúde.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Atualmente, a vacinação é recomendada na totalidade ou em partes de 19 estados: Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Bahia, Maranhão, Piauí, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. </div><h3 style="text-align: justify">Sarampo</h3><div style="text-align: justify">A tríplice viral, que previne caxumba, rubéola e sarampo, também está com a cobertura vacinal em queda. Em 2016, somente a primeira dose atingiu 95,4%, enquanto a segunda ficou em 76,71%. Em 2017, tais coberturas caíram para 90,52% e 75,29% e, em 2018, chegaram a 90,84% e 75,63%. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Especialistas que participam da Jornada Nacional de Imunizações atribuem os surtos de sarampo registrados no ano passado na Região Norte e neste ano em São Paulo à queda nas coberturas vacinais. </div><h3 style="text-align: justify">OPAS</h3><div style="text-align: justify">Com casos de sarampo voltando a ser registrados em países de diferentes continentes, o diretor do Fundo Rotatório da Organização Pan Americana de Saúde (OPAS), John Fitzsimmons, defendeu na Jornada Nacional de Imunizações que haja uma colaboração internacional para que a demanda pela vacina contra a doença seja atendida.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Em entrevista a jornalistas, Fitzsimmons disse que haverá um encontro na semana que vem em Washington, nos Estados Unidos, que reunirá atores internacionais como o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Organização Mundial de Saúde, para discutir a situação do sarampo. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"Todos estarão lá, todas as outras regiões da OMS estarão representadas, assim como Unicef, CDC e outros. É outra oportunidade para solucionar problemas".</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">[SAIBAMAIS]Assim como São Paulo, onde mais de 2 mil casos já foram registrados, os Estados Unidos enfrentam um surto de sarampo que já dura um ano no estado de Nova York. Segundo a OPAS, o surto se espalhou em comunidades religiosas e ainda há o receio de que casos em crianças estejam sendo encobertos pelas famílias. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">O diretor do Fundo Rotatório, que auxilia países da América Latina e do Caribe na compra de vacinas, disse que neste momento trabalha para atender a um pedido do Brasil de mais doses de vacina contra o sarampo. </div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">"Estamos em parceria com outras organizações como a Unicef e o CDC [Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos], e estamos trabalhando com eles para liberar doses para o Brasil", disse ele, que acrescentou que é preciso fazer um trabalho de gerenciamento das encomendas que já haviam sido feitas aos fornecedores.</div>