Jornal Correio Braziliense

Brasil

PF prende 10 por tráfico de criança


Uma operação deflagrada pela Polícia Federal no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, prendeu 10 pessoas que utilizavam crianças para entrar ilegalmente nos Estados Unidos pela fronteira com o México. De acordo com informações da corporação, no momento do flagrante, oito menores estavam com o grupo ; todos sem autorização de entrada em território norte-americano. Para tentar enganar as autoridades, os criminosos falsificavam o passaporte das crianças, com a finalidade de se passarem pelos pais das vítimas.

O tráfico de crianças é uma estratégia para permitir que os adultos fiquem em território norte-americano. De acordo com a lei daquele país, os menores não podem ficar desacompanhados, o que impede as autoridades de imigração de deportarem imediatamente os imigrantes que chegam ao local com os filhos. As investigações da PF apontam que as crianças viviam em Goiás e Rondônia antes de serem alvo do grupo.

Para que elas se acostumassem com os criminosos, elas passavam semanas ou meses convivendo com eles e com os pais verdadeiros, a fim de dar naturalidade na hora da tentativa de passar pela imigração no Brasil. Esse tipo de estratégia é conhecida como ;cai-cai;. O esquema funciona da seguinte forma: um adulto interessado em migrar para os EUA sem autorização paga para uma família a fim de se passar por pais de uma criança. O passaporte dessa criança é adulterado para que na filiação conste o nome dos pais falsos. O adulto ou o casal atravessa a fronteira do México para os EUA. Ao chegar em solo norte-americano, se entrega às autoridades migratórias na companhia da criança.

Os menores foram encaminhados à Justiça, e podem voltar para as famílias, a depender do entendimento do juiz que analisar o caso. Os acusados podem responder pelos crimes de promoção da migração ilegal de menor de idade, falsificação de documentos, entre outros. O nome deles não foi divulgado.

  • Decretada prisão de seguranças em SP

    A Justiça de São Paulo decretou a prisão temporária de dois seguranças acusados de torturar um adolescente no supermercado Ricoy, na Vila Joaniza, zona sul paulistana. A prisão de David de Oliveira Fernandes e de Valdir Bispo dos Santos foi pedida pela Polícia Civil e concedida pela juíza Tatiana Saes Ormeleze, do Fórum Criminal da Barra Funda. O inquérito sobre o caso foi instaurado no 80; Distrito Policial após as imagens em que o rapaz, de 17 anos, aparece sendo chicoteado circularem pelas redes sociais. No vídeo, o adolescente está nu e amordaçado enquanto apanha e é ameaçado pelos agentes de segurança do estabelecimento.