O chefe da agência foi afastado do cargo no dia 30 deste mês, pelo presidente Jair Bolsonaro, que cumpriu decisão judicial da 5; Vara Federal do Rio. De acordo com o MPF, ;entre os meses de outubro de 2017 e janeiro de 2018, o grupo agiu no intuito de danificar a imagem de outros diretores da Ancine que concorriam à vaga de diretor-presidente do órgão, abrindo margem para que Christian fosse eleito e que todos os envolvidos tivessem nomeações em cargos públicos comissionados;.
As investigações apontaram que os acusados enviaram uma nota à imprensa e uma denúncia anônima ao Ministério Público, ambas com informações falsas, para promover os interesses do grupo e influenciar na concorrência pelo cargo máximo da Ancine. Christian teve acesso a informações sigilosas da agência e compartilhou com Ricardo Martins, que ná época do fato era seu sócio no setor audiovisual. Ricaro não era servidor público e não poderia ter acesso ao material.
O MPF afirma que eles trabalharam em conjunto com Magno Maranhão, Juliano Vianna, Ricardo Precoari, Marcos Tavolari, Claudia Pedrozo e Sérgio Sá Leite na confecção de divulgação do material falso enviado para órgãos de imprensa e ao Ministério Público. Eles podem responder pelos crimes de violação de sigilo funcional, prevaricação, crimes contra a honra, denunciação caluniosa e associação criminosa.
O procurador da república Antonio de Passo Cabral afirma que os atos ilegais levaram os investigados a conquistarem cargos de alto escalão na Ancine. ;Fica claro que, por terem agido quebrando sigilo funcional, prevaricando, praticado crimes contra a honra e denunciação caluniosa, enviado notícias falsas para veículos de imprensa e ao Ministério Público Federal, os agentes públicos da Ancine e do MinC ora denunciados obtiveram resultados em benefício próprio. Além da nomeação de Christian de Castro Oliveira à presidência da Agência, galgaram ascensão para cargos comissionados de prestígio e confiança direta do Ministro da Cultura e do Diretor-presidente da Agência Nacional do Cinema;, escreveu o procurador.
As diligências apontam o enriquecimento de pelo menos R$ 60 mil entre quem integrou o grupo. Atualmente, Sérgio Sá Leitão é secretário de Estado de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo. Ele continua no cargo. O MPF pede o ressarcimento de R$ 500 mil reais aos cofres públicos.