;Árdua é a missão de desenvolver e defender a Amazônia. Muito difícil, porém, foi a de nossos antepassados de conquistá-la e mantê-la;. Parafraseando uma declaração do falecido general Rodrigo Octávio Jordão Ramos, ex-comandante militar da Amazônia, o presidente Jair Bolsonaro iniciou, nesta sexta-feira (23/8), o pronunciamento na cerimônia alusiva ao Dia do Soldado, celebrado em 25 de agosto. Com recados à atual crise que o governo enfrenta, com nações europeias ameaçando cancelar o acordo entre a União Europeia e o Mercosul, ele mostrou empenho em superar e combater o momento difícil. Mas lembrou o que vem dito em outras ocasiões: ;o Brasil mudou. Está sob nova direção e ele vai dar certo;
O país vive ;as dores do parto para que uma nova vida surja para o nosso querido Brasil;, definiu Bolsonaro. Nada é fácil, emendou. Com enaltecimento aos ministros e ao vice-presidente Hamilton Mourão, general de Exército, o presidente da República abraçou o Exército em um gesto de blindagem à atual crise. Frisou que poderão, juntos, fazer o país ;dar certo;. ;Prezado general Mourão, obrigado por ter aceito essa nobre missão. Meus 22 ministros, obrigado pela confiança que têm em mim porque, obviamente, a recíproca é verdadeira. Só nós, em um primeiro momento, podemos, sim, unidos, dar esperança ao nosso povo brasileiro;, ponderou.
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Com o mundo de olho no Brasil, diante das atuais queimadas de grandes proporções na Amazônia, Bolsonaro deu o recado que vem sendo dado de que não admitirá interferências externas que julgue terem viés não-altruísta. ;O Brasil mudou. Está sob nova direção e ele vai dar certo. Acredito no povo. Esse povo, ao qual devo lealdade absoluta. Acredito nas instituições, nos homens e mulheres dessa pátria maravilhosa;, afirmou.
As outras vezes em que Bolsonaro disse que o Brasil ;está sob nova direção; sempre estiveram associadas à viagem dele em Osaka, no Japão, para a cúpula do G20. Na ocasião, ele conversou com o presidente da França, Emmanuel Macron, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, sustentando que a atual gestão não admitirá ingerências de outros países. O entendimento dele é que o interesse de nações europeias na Amazônia não são altruístas, mas, sim, por viés econômico e de exploração das riquezas na região.
Guerra da informação
O futuro do país, destacou, destacou, ;só depende da ação de cada um de nós;. ;Repito aos meus ministros, o que há de mais importante em cada um de nós é a confiança mútua e, juntos, nós atingiremos nossos objetivos. Meus irmãos militares e população brasileira, vamos marchar para o sucesso;, declarou. Sucedeu o discurso reiterando que ;não falta; inimigos ;como os de sempre; para enfrentar. ;Que teimam em ganhar a guerra da informação contra a verdade;, afirmou.
A ;guerra da informação; é um termo que Bolsonaro usa quando se referiu nos últimos dias para criticar Organizações Não-Governamentais (ONGs) que, para ele, possam estar associadas às queimadas. Nessa ;guerra;, ele acredita que as organizações possam estar vencendo, por supostamente transmitirem a imagem a nível nacional e internacional de que o governo é o ;vilão;. ;É isso que o tempo todo tendo alertar o povo;, declarou o presidente na quarta-feira (21/8).