Segundo o presidente da entidade, Irani Gomes, a principal reinvindicação do movimento é o reajuste na tabela do frete, regida pela Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas, instituída em agosto de 2018 pela Lei N; 13.703. "Essa resolução, que foi aprovada a toque de caixa como reação à greve dos caminhoneiros autônomos do ano passado, prejudicou muito as transportadoras, pois gerou uma defasagem de mais de 20% na remuneração das empresas. O transporte de carga perigosa, atualmente, está mais barato que o da carga comum. O que nós queremos é que a legislação seja alterada, de modo a construir uma planilha de remuneração mais justa, pois estamos pagando para trabalhar", esclarece Irani.
De acordo com o presidente do Sinditaque, a expectativa é de que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) marque uma reunião com a categoria ainda nesta segunda-feira (19). Caso contrário, cerca de mil transportadores sindicalizados podem paralisar suas atividades.
O Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sinditaque-MG) é o segundo maior do país. Responsáveis por pelo abastecimento integral do aeroporto de Confins, os transportadores mineiros atendem ainda a 30% das necessidades do aeroporto de Brasília.
Caos em 2018
Com duração de um mês, a greve deflagrada em maio de 2018 - desta vez, pelos caminhoneiros autônomos -, alterou de forma significativa a rotina dos brasileiros e trouxe impactos à Economia, tais como: falta de combustível nas bombas (e consequente subida dos preços), alta nos preços dos alimentos, cancelamento de voos e eventos, paralisação do transporte público e até do expediente escolar, devido à ausência de merenda.
O movimento reivindicava, na época, a tabela do frete mínimo, além da correção nos preços do diesel.