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Dengue já matou mais de 120 pessoas em Minas; BH tem o maior número

O número de casos prováveis que engloba os suspeitos e confirmados já passam de 465 mil. Belo Horizonte tem 15,5% do total de mortes registradas em 2019

A dengue continua fazendo vítimas em Minas Gerais mesmo em período de tempo frio e seco, que dificulta a proliferação do Aedes aegypti. As infecções pelo vírus desaceleraram, mas, mesmo assim, continuam provocando mortes e deixando moradores doentes. Dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) mostram que já são mais de 120 mortes em decorrência da enfermidade neste ano, sendo que 15,5% aconteceram em Belo Horizonte. O número de casos prováveis também é alto e já ultrapassa 465 mil.

[SAIBAMAIS] Os últimos quatro meses mostram que a enfermidade segue em alta. De abril a julho, a dengue bateu recordes históricos, com números de casos prováveis sendo os maiores do período ao menos dos últimos dez anos. Em julho, por exemplo, foram 5.420 notificações da doença. Acima de 2015, que teve 3.281 registros no mês, e quase seis vezes mais do registrado em 2016, ano da pior epidemia da história.

Segundo a SES, de janeiro até 5 de agosto, foram 465.485 casos prováveis confirmados. Foram 4.764 novos registros desde 29 de julho, o último levantamento divulgado pela pasta. O número de mortes também aumentou. Saiu de 117 para 122 no mesmo período. Vale ressaltar que não quer dizer que os pacientes perderam a vida neste prazo e sim que resultados de exames foram divulgados. A situação pode ser ainda pior. Ainda há 126 óbitos sendo investigados. Nessa segunda-feira, o Estado de Minas mostrou que a moléstia matou 723 pessoas nos últimos 10 anos.

Belo Horizonte é a cidade mineira com o maior número de mortes registradas neste ano. Segundo o boletim epidemiológico divulgado pela SES, 19 pacientes perderam a vida na capital mineira. Em segundo lugar estão Betim, na Grande BH, e Uberlândia, no Triângulo, com 18 óbitos. Juiz de Fora, na Zona da Mata, tem 12, João Pinheiro, na Região Central, com cinco, e Patos de Minas, no Alto Paranaíba, e Contagem, na região metropolitana, com quatro cada.

Também registraram mortes Araguari (um), Arcos (um), Campos Gerais (um), Carmo do Cajuru (um), Curvelo (um), Estrela do Sul (um), Frutal (dois), Guaranésia (um), Guarani (um), Ibiá (um), Ibirité (dois), Ituiutaba (um), Jaboticatubas (um), João Monlevade (um), Lagoa da Prata (um), Martinho Campos (dois), Monte Carmelo (um), Paracatu (um), Passos (dois), Patrocínio (dois), Pitangui (um), Pompéu (um), Ribeirão das Neves (dois), Rio Novo (um), Rio Paranaíba (um), Sacramento (um), São Gonçalo do Pará (um), São Gotardo (dois), Sete Lagoas (um), Uberaba (dois), Unaí (dois) e Vazante (dois).