Mais um caso estarrecedor de tortura e morte de uma criança inocente pelos próprios pais chocou o país. Na sexta-feira, a Delegacia de Homicídios da Polícia Civil do Estado Rio de Janeiro (PCERJ) prendeu Rodrigo Jesus da França, 25 anos, e Juliana Mayara Brito da Silva, 20 anos, pai e madrasta de Mel Rhayane Ribeiro de Jesus, 6 anos, acusados de torturar e matar a menina. O casal foi indiciado por crime de homicídio qualificado.
A menina chegou morta ao hospital, que fica na Zona Norte da cidade. As graves lesões chamaram a atenção dos médicos, que acionaram a polícia. Ainda no hospital, homens da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Lins detiveram o pai. A perícia da Polícia Civil constatou que a menina tinha diversas lesões no corpo, como ausência de um pedaço da orelha, úlceras no tornozelo e nas mãos, com indícios de que era constantemente amarrada e chicoteada.
À polícia, Rodrigo confessou o crime. ;Em depoimento, ele disse que deixava a criança amarrada para não ter acesso aos outros filhos do casal e que as agressões eram pra corrigir um suposto comportamento sexual alterado da vítima, que já havia sido supostamente estuprada;, informou, em nota.
A corporação também afirmou que as lesões indicam que as agressões ocorriam há tempos. Para esconder as marcas do crime, a polícia explicou que Rodrigo tirou a filha da escola, onde as agressões seriam percebidas pelos professores. Juliana negou os fatos, mas foi presa por ter se omitido às agressões do pai. O casal tem outros dois filhos, um de 2 anos e um bebê de 5 meses.
Caso Rhuan
A barbárie do crime é muito parecida com o caso Rhuan, 9 anos, ocorrido em 31 de maio, em Samambaia, no Distrito Federal. Na ocasião, a criança foi esfaqueada até a morte, enquanto dormia, pela mãe, Rosana Auri, e pela companheira dela, Kacyla Priscyla. Após cometer o crime brutal, as suspeitas esquartejaram o garoto e colocaram o corpo em duas malas e uma bolsa.
Moradores da região viram Rosana jogar uma das malas no bueiro e, por isso, acionaram a polícia. Quando agentes da 26; Delegacia de Polícia (Samambaia Norte) chegaram ao local, encontraram o restante do cadáver. A dupla acabou presa em flagrante e, na unidade policial, confessou o assassinato.
Em meio às investigações, policiais descobriram que as suspeitas cortaram o pênis e os testículos de Rhuan um ano antes do homicídio. A descoberta chocou ainda mais moradores do Distrito Federal e repercutiu em todo o país. Figuras públicas como o presidente Jair Bolsonaro e a atriz Isis Valverde comentaram o crime brutal nas redes sociais.