Os homens pertenciam a mesma facção criminosa e foram comparsas no massacre. De acordo com a Segup, eles eram levados algemados com outros 26 detentos em um caminhão e foram encontrados mortos com sinais de sufocamento por agentes na chegada em Marabá (PA). De acordo com a Segup, os outros 26 presos que estavam no caminhão foram isolados e as motivações do crime são investigadas.
[SAIBAMAIS]Em nota, a secretaria informou que o caminhão tem quatro celas e a capacidade para até 40 presos ; no momento dos crimes, 30 eram transportados. O Estado esclareceu ainda que não possui caminhão com celas individuais.
Massacre
O caso aconteceu na segunda-feira (28/7) e é o maior massacre em presídios de 2019. Segundo a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), um acerto de contas entre integrantes das facções Comando Vermelho e Comando Classe A iniciou a confusão às 7h, que deixou apenas presos entre as vítimas fatais.
A barbárie começou quando detentos do bloco A, local onde ficam presos de uma organização criminal, invadiram o anexo onde estão internos do grupo rival no horário da destranca para o café da manhã. A maioria das vítimas morreu por asfixia por causa de um incêndio provocado no pavilhão antigo da prisão. Outros 16 corpos foram encontrados decapitados.
O palco da tragédia em Altamira na segunda-feira, (29/7), tem condições ;péssimas; e superlotação, de acordo com um relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A inspeção feita pelo CNJ revelou que o Centro de Recuperação de Altamira tem capacidade para 163 pessoas, mas abrigava 343 detentos. Além disso, apenas 33 agentes penitenciários trabalham atualmente no local.
Péssimas condições
O palco da tragédia em Altamira na segunda-feira, (29/7), tem condições ;péssimas; e superlotação, de acordo com um relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A inspeção feita pelo CNJ revelou que o Centro de Recuperação de Altamira tem capacidade para 163 pessoas, mas abrigava 343 detentos. Além disso, apenas 33 agentes penitenciários trabalham atualmente no local.
Em 2019, o Brasil já acumula mais de 100 mortes causadas por rebeliões de presos integrantes de organizações criminosas. Em maio, uma briga interna na organização criminosa Família do Norte (FDN), deixou um total de 55 mortos em presídios de Manaus.