A barbárie começou quando detentos do bloco A, local onde ficam presos de uma organização criminal, invadiram o anexo onde estão internos do grupo rival no horário da destranca para o café da manhã. A maioria das vítimas morreu por asfixia por causa de um incêndio provocado no pavilhão antigo da prisão. Outros 16 corpos foram encontrados decapitados.
Em entrevista coletiva no início da tarde, o secretário extraordinário de estado para assuntos penitenciários, Jarbas Vasconcelos, informou que a situação já estava controlada. Jarbas confirmou também que os dois agentes prisionais feitos reféns já foram liberados e não há nenhum servidor entre os mortos.
O presídio passou por uma situação parecida no ano passado. Em setembro de 2018, sete detentos do Centro de Recuperação foram mortos durante uma rebelião. Atualmente, 311 detentos estão presos no local.
Este é o maior massacre em presídios de 2019. Este ano, o Brasil já acumula mais de 100 mortes causadas por rebeliões de presos integrantes de organizações criminosas. Em maio, uma briga interna na organização criminosa Família do Norte (FDN), deixou um total de 55 mortos em presídios de Manaus.