Após a maior greve da história do metrô, que durou 77 dias, os servidores decidiram pôr fim à paralisação. Eles retornam ao trabalho nesta quinta-feira, conforme determinou o Tribunal do Trabalho da 10; Região (TRT-10), mas não confirmaram se as estações estarão abertas a partir das 5h30 ; horário que os trens começam a funcionar. Também decidiram voltar sem abrir as bilheterias, pois a empresa retirou a garantia da quebra de caixa, ou seja, o pagamento da diferença caso haja alguma inconsistência nos valores.
O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários do Distrito Federal (SindMetro-DF) informou que encaminhou carta à empresa pedindo a concessão do transporte, mas não tinha recebido retorno ontem à noite.
A diretora de comunicação do SindMetrô-DF, Renata Campos, explicou que os funcionários estarão disponíveis, mas, sem transporte, vão chegar às estações apenas quando os ônibus estiverem circulando. Com a vigência do acordo coletivo de trabalho, os servidores têm direito a uma indenização de transporte para conseguir chegar às estações antes das 5h30. Em relação à quebra de caixa, a diretora disse que as bilheterias abertas serão de responsabilidade de cada funcionário.
Na terça-feira, o TRT-10 decidiu que os metroviários deveriam voltar às atividades a partir de meia-noite de quinta-feira. O tribunal também considerou que os dias parados não serão cortados. Entre as reivindicações, estão a oficialização da jornada de trabalho de 30 horas semanais dos pilotos, reajuste dos salários no mesmo índice da inflação e a manutenção do acordo coletivo por dois anos, com auxílio-creche, alimentação, vale-transporte, entre outros benefícios sociais. A proposta mais atual feita pelo Metrô-DF não foi aceita pela categoria.