Amigos e familiares se reuniram ontem para se despedir do ex-ministro e ex-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU) Carlos Átila Alvares e Silva. O evento encheu o Salão Nobre do TCU, local que abriga a galeria de presidentes da Casa, da qual o diplomata faz parte. Após o velório, o corpo de Átila foi cremado em uma cerimônia restrita aos familiares.
Durante a celebração de uma missa, alguns amigos e autoridades tiveram oportunidade de homenagear os feitos do mineiro de Nova Lima (MG). O ministro substituto do TCU Augusto Sherman agradeceu a família de Átila pelos serviços prestados ao órgão público. ;A primeira imagem que me vem é de um homem muito querido. Pela sua família, amigos, e por essa casa. Temos uma grande gratidão pelo trabalho dele aqui no Tribunal;, disse.
Em seu discurso, Sherman destacou dois feitos do ex-presidente do TCU. O primeiro foi a criação do Instituto de Formação Serzedello Corrêa, um marco na transformação do tribunal em um órgão altamente técnico. Sherman também relembrou os concursos anuais, sugeridos por Átila, feitos para a ocupação de cargos na casa. ;Isso proporcionou a formação de uma equipe de servidores qualificados e sempre renovados. Isso transformou por dentro o TCU;, ressaltou.
Outras autoridades do órgão estavam presentes na cerimônia. Entre elas, o atual presidente, José Mucio Monteiro, os ministros Raimundo Carreiro e Walton Alencar Rodrigues, e os procuradores do Ministério Público junto ao TCU (MPTCU) Marinus Marsico e Rodrigo Medeiros. O ex-procurador geral da República Roberto Gurgel também esteve na cerimônia.
Amigos que fizeram parte da vida de Átila em outros momentos da carreira também compareceram e agradeceram, da mesma forma, pela prestação de serviços do ex-ministro. A presidente da Rede Sarah, Lúcia Willadino, por exemplo, relembrou as últimas conversas com o amigo, que foi presidente do Conselho da Rede Sarah. ;Não tenho como deixar de expressar minha gratidão. Ele teve um papel fundamental na construção da nossa rede. Ele sempre continuou preocupado conosco. Me mandava mensagens com as novidades que via pelo Brasil e fora dele para tentarmos implementar no Sarah;, contou a neurocientista.
Carlos Átila morreu na última quinta-feira, aos 81 anos, vítima de uma parada cardíaca. Átila almoçava em um shopping da cidade quando se sentiu mal e foi levado ao Hospital de Base, onde passou por cirurgia. No entanto, não resistiu.