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Doria anuncia plano para limpar calha do Rio Pinheiros

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta sexta-feira, 12, a retomada de ações para limpeza da calha do Rio Pinheiros, na capital paulista, o chamado desassoreamento. O material retirado do rio irá para um ponto de secagem em Carapicuíba, na região metropolitana. Anunciada ao custo de R$ 70,5 milhões e com meta de retirada de 1,2 milhão de metros cúbicos de sedimentos nos próximos 12 meses, a empreitada mantém uma ação já adotada no rio, mas em intensidade maior. Nos últimos cinco anos, essa prática retirou cerca de 500 mil metros cúbicos de material do fundo do Pinheiros. Doria, entretanto, trata a ação como uma nova etapa do processo de limpeza definitiva do Pinheiros, uma promessa de campanha que ele garante que será cumprida até 2022. Segundo o secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos Penido, outras ações serão anunciadas neste ano, como a contratação de obras de interligação de redes de esgoto da zona sul da capital com as redes de tratamento da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). "Estamos lançando licitação este mês para fazer a conexão destas economias, residências e comércios, no sentido de levar para um receptor que já está construído no Rio Pinheiros", disse o presidente da Sabesp, Benedito Braga, sem falar no valor da licitação. O trabalho deve abranger 17 bacias de córregos, segundo Marcos Penido. A Sabesp informou trabalhar com uma meta de Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) para o Pinheiros de 30 miligramas por litro. Esse índice serve para medir a quantidade de oxigênio que o rio precisa para estabilizar seu material orgânico. A água pura tem um DBO de 10 miligramas por litro. Segundo dado da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) de 2017, o BDO do Pinheiros é de 35 mg/L. Com a meta, segundo Braga, seria possível afastar o mau cheiro do rio e permitir a volta de peixes que precisam de menos oxigênio. Doria afirmou que rios como o Tâmisa, em Londres, e Sena, em Paris, não são usados para banho ou para consumo de água, mas são tidos como limpos. O governador informou ainda que propostas para a despoluição do Tietê, outra promessa de campanha, estão sendo formatadas, mas que o trabalho não seria feito em menos de oito anos.