Com o intuito de aumentar a segurança e reduzir o número de acidentes com ônibus e caminhões, em março de 2016, o exame toxicológico tornou-se obrigatório para motoristas profissionais que transportam passageiros, mercadorias ou cargas. Para 93% dos entrevistados, a obrigatoriedade desse exame deve permanecer, e para 6%, não. Paulo Douglas, procurador do Ministério Público do Trabalho (MPT) da 24; região, vê os resultados da pesquisa Ibope como coerentes com a realidade da opinião pública.
;O exame é uma política pública extremamente eficaz na redução de acidentes e mortes nas estradas;, defende. Para ele, o excesso de jornada de trabalho é o principal motivo para o uso de drogas por motoristas profissionais. ;O uso caiu muito desde que o exame passou a ser obrigatório. Em 2015, a positividade total obtida com o teste, na pesquisa feita pelo MPT, era de 34%, e caiu para 14% em 2019. Quanto ao transporte de drogas, caiu de 56% para 22%.;
No início do mês passado, o presidente Jair Bolsonaro encaminhou um projeto de lei ao Congresso que busca eliminar a obrigatoriedade dos exames para motoristas de ônibus, vans e caminhões na hora de habilitar ou renovar a carteira, duplicar o intervalo de tempo de realização do exame médico para a renovação da carteira, dobrar o limite de pontos e a validade da CNH e não multar quem conduz crianças sem cadeirinha no banco traseiro. Alvo de diversas críticas, o projeto de lei ainda será discutido por algumas comissões, até chegar ao plenário da Câmara e do Senado.
* Estagiária sob supervisão de Cláudia Dianni