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São Paulo tem Dia D para vacinação contra sarampo

Público prioritário da campanha são jovens entre 15 e 29 anos

A capital paulista tem hoje (29) um Dia D para vacinação contra o sarampo. Todas as 464 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) estão abertas das 8h às 17h, além de postos volantes, para facilitar o acesso à dose de imunização. O objetivo é ampliar a cobertura vacinal dos jovens com idade entre 15 e 29 anos, público prioritário da campanha.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), em 2019, foram confirmados 123 casos no Brasil, até 15 de junho. Na cidade de São Paulo, são 32 casos confirmados de sarampo, sendo oito importados e 24 em investigação sobre o provável local de infecção. Não há registros de morte causada pela doença no município.

A secretaria intensificou as ações de vacinação pela baixa adesão à campanha iniciada em 10 de junho. Até o dia 19, 12.265 mil jovens procuraram os postos de saúde para se vacinar. O órgão aponta que a população de 15 a 29 anos é composta de 2,9 milhões de pessoas e a meta é alcançar uma cobertura vacinal de 95% do público-alvo para interromper a transmissão por sarampo na cidade.

A prefeitura alerta que ;o sarampo é uma doença altamente contagiosa e pode levar à morte;. A vacina tríplice viral, que protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola, é a única forma de prevenir a ocorrência dessas doenças. Segundo a secretaria, a vacina é ;comprovadamente eficaz em cerca de 97% dos casos;.

Ações
Na capital paulista, a cobertura vacinal da primeira dose da vacina tríplice viral, aplicada na população de 1 ano de idade, alcançou 95,66% em 2018 e 101% nos primeiros quatro meses de 2019. A cobertura da segunda dose, no entanto, foi 44,10% no ano passado e 79,67% de janeiro a abril deste ano.

A definição do público-alvo da campanha foi definida em conjunto com o governo estadual e contempla a faixa etária com menor chance de ter recebido as duas doses da vacina tríplice viral. A notificação do sarampo é obrigatória e deve ser feita de forma imediata pelos órgãos responsáveis.

Os casos suspeitos desencadeiam ações de bloqueio vacinal para interromper a transmissão da doença. As ações de imunização ocorrem em todos os locais frequentados pela pessoa com suspeita de ter contraído a doença, como a vizinhança da residência, locais de trabalho, e estudo, a unidade de saúde e os meios de transporte utilizado em viagens no período de transmissão da doença. A vigilância epidemiológica do município fez, até o dia 8 de junho, 259 ações de bloqueio.

Ressurgimento do sarampo
Até março de 2019, 170 países notificaram 112.163 casos de sarampo à Organização Mundial de Saúde (OMS). No mesmo período do ano passado, foram 28.124 ocorrências em 163 países, o que representa um aumento de quase 300%. O ressurgimento da doença, portanto, trata-se de fenômeno global. Na Europa, foram registrados 41 mil pessoas infectadas no primeiro semestre dese ano. Em abril, a cidade de Nova Iorque entrou em alerta contra o sarampo após 285 casos em seis meses.

;Embora ainda não exista um estudo que determine o impacto individual dos fatores que contribuíram para o surgimento do vírus em países onde a doença já havia sido eliminada, a circulação de informações falsas ou infundadas nas redes sociais, é apontada como uma das causas para a baixa adesão a vacinação;, aponta, em nota, a secretaria de saúde de São Paulo.

No Brasil, em 2018, os estados do Amazonas e de Roraima confirmaram, respectivamente, 9.778 e 355 casos de sarampo. Outros nove estados também confirmaram casos da doença: 61 no Pará, 45 no Rio Grande do Sul, 19 no Rio de Janeiro, quatro em Pernambuco e em Sergipe, três em São Paulo e na Bahia, dois em Rondônia e um no Distrito Federal, totalizando 10.274 ocorrências.