A deputada federal Flordelis (PSD-RJ) depôs ontem por cinco horas na Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo sobre a morte do marido, o pastor evangélico Anderson do Carmo de Souza, assassinado dia 16 na porta da residência do casal. A parlamentar saiu sem falar com a imprensa, mas marcou entrevista coletiva para hoje. Além de Flordelis, mais 24 pessoas foram ouvidos na unidade policial.
Dois filhos de Flordelis seguem presos preventivamente, como decretado pela Justiça. O casal tem 55 filhos, quatro biológicos e 51 adotivos. Flávio dos Santos Rodrigues, 38, filho biológico apenas da deputada, admitiu ter atirado no pai na noite do crime. Além dele, Lucas dos Santos, 18, filho adotivo do casal, também está sob custódia, sob suspeita de ter comprado a arma do crime, uma pistola de 9mm encontrada no quarto do filho mais velho.
O advogado que defende Flávio, Anderson Rollemberg, contradisse a delegada Bárbara Lomba, que, na última sexta-feira, afirmou oficialmente que o filho de Flordelis havia confessado ter atirado seis vezes no padrasto. Rollemberg afirmou que não teve ainda acesso ao inquérito, mas que, se houve algum tipo de confissão, foi inidônea, sem a presença de advogados. Segundo o defensor, ;Flávio nega completamente a participação;.
Um terceiro filho do casal, que não teve a identidade divulgada, afirmou, na semana passada, que suspeitava do envolvimento da mãe e de mais três irmãs no assassinato. Segundo ele, uma delas chegou a oferecer R$ 10 mil para que Lucas matasse o pai. Além disso, ele ainda relatou que as mulheres colocavam remédio na comida de Anderson, que recebia ameaças de morte.
* Estagiária sob supervisão de Rozane Oliveira