O presidente da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), Carlos Augusto Lima Bezerra, ressaltou que a crise hídrica no DF foi provocada primordialmente por fatores climáticos, mas mostrou as fragilidades gerenciais e de infraestrutura do sistema de abastecimento do Distrito Federal.
;As fragilidades gerenciais foram causadas por problemas financeiros na Caesb, que se refletem ainda hoje nos números da companhia. As deficiências de infraestrutura foram atacadas com obras de captação, que fizeram o DF superar a grave crise hídrica entre 2016 a 2018;, disse.
Além dos reservatórios do Descoberto e Torto/Santa Maria, a Caesb dispõe de uma rede de abastecimento de 8.855 km, com extensão de abrangência equivalente ao estado de Santa Catarina. São 11 estações de tratamento, que atendem a 99% da população, o equivalente a 3 milhões de pessoas. As obras ampliaram a capacidade de produção em 15% e permitiram maior interligação entre os sistemas. A capacidade passou de 9,4 mil litros para 10,8 mil.
Ainda em andamento, o subsistema Gama, com capacidade de 320 litros por segundo, tem previsão de conclusão de 90% em setembro. O sistema de Corumbá IV, com capacidade de 1,4 mil litros por segundo na 1; etapa, tem previsão de entrega de 90% em dezembro. O sistema do Lago Paranoá, ainda em projeto, prevê um investimento, na 1; etapa, de R$ 275 milhões e capacidade de 2.1 mil litros por segundo. O total de investimentos em produção de água é de R$ 826 milhões. (IS)