Segundo estudo do órgão, em comparação ao mesmo período de 2018, o volume de água utilizado pela população brasiliense subiu 10% e atingiu o mesmo patamar do primeiro quadrimestre de 2016. Daquele período em diante, Brasília mergulhou em uma crise hídrica - com os reservatórios que abastecem a capital atingindo os menores níveis da história -, que culminou com um racionamento que durou 513 dias, entre janeiro de 2017 e junho de 2018.
"Isso é preocupante. Onde ficaram as boas atitudes que aprendemos durante o racionamento? Cadê a consciência de reaproveitarmos água, para não desperdiçar? Essas coisas não podem ser esquecidas. Vamos bater nessa tecla da para voltar aos padrões de uso que tivemos durante a crise, para que o consumo seja consciente e racional. Atitudes assim nos ajudam a ter segurança hídrica, conceito que vai além de contarmos com reservatórios cheios", disse Salles.
Desde 19 de maio deste ano, tanto a Bacia do Descoberto quanto o Reservatório de Santa Maria operam com 100% do seu volume útil. Justamente por isso, Salles pede que os brasilienses não usem água de forma desregrada.
"Para atingir a segurança hídrica, temos de poupar nos momentos de abundância. É necessário mudar o comportamento para que possamos viver tratando a água sempre com o máximo de respeito e responsabilidade", alertou. "Cabe à sociedade como um todo estarmos alertas e preparados pra eventuais retornos de crises hídricas, que são uma realidade no mundo inteiro", completou o presidente da Adasa.