A perda de água potável no país seria suficiente para abastecer 30% da população brasileira em um ano, de acordo com dados da Trata Brasil ; organização da sociedade civil de interesse público. A segurança hídrica e o desperdício de água serão discutidos, no próximo dia 13, em um seminário realizado pelo Correio Braziliense.
O estudo da entidade, com dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) 2017, também mostrou que o desperdício na distribuição está em 38,3%, ou seja, mais de 7 mil piscinas olímpicas de água potável perdidas todos os dias e uma perda financeira acima dos R$ 11 bilhões.
Na comparação com outros países, o Brasil possui índices de desperdício mais elevados do que países menos desenvolvidos, como Bangladesh, Uganda e África do Sul, com perdas de 21,6%, 33,5% e 33,7%, respectivamente.
Para o presidente executivo da Trata Brasil, Édison Carlos, o resultado é preocupante. ;O aumento das perdas mostra que há um problema de gestão e que os investimentos para a redução não são suficientes. Mais preocupante é pensar que, num momento de crise hídrica, não será suficiente pedir para que a população economize água se as empresas continuarem perdendo bilhões de litros por deficiências diversas.;
As unidades da Federação que lideraram o ranking do desperdício de água são Roraima, com 75%; Amazonas, com 69%; e Amapá, com 66%. O Distrito Federal aparece em 24; lugar, com 34%, abaixo da média nacional. As perdas reais/físicas analisadas pelo estudo incluem vazamento nas tubulações, limpeza, vazamentos estruturais, lavagem de filtros, descargas, vazamentos na rede e em ramais. O estudo também considera as perdas aparentes (tidas como comerciais), que são: ligações clandestinas, ligações sem hidrômetros, hidrômetros parados ou desregulados e ligações inativas reabertas.
Programação
8h ; Credenciamento e welcome coffee
8h30 ; Abertura com Álvaro Teixeira da Costa, presidente do Correio Braziliense; Paulo Salles, diretor-presidente da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal (Adasa); Christianne Dias, diretora-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA); e Ibaneis Rocha, governador do Distrito Federal
9h ; Palestra de Abertura com Gustavo Henrique Rigodanzo Canuto, ministro do Desenvolvimento Regional (MDR) ; a confirmar
9h30 ; Painel 1 ; Crise hídrica: Experiências e legado
Mediador ; Dilson Resende de Almeida, secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do DF (Seagri) ; a confirmar
Mesa ; Jorge Werneck, diretor da Adasa; Carlos Augusto Lima Bezerra, presidente da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb); Paulo Mossato, diretor de Serviço Metropolitano da Sabesp ; a confirmar
10h30 ; Debate
11h ; Painel 2 ; Segurança hídrica: perspectivas
Mediador ; José Sarney Filho, secretário estadual de Meio Ambiente do DF
Mesa ; Francisco José Coelho Teixeira, secretário de Recursos Hídricos do Ceará; Marília Carvalho de Melo, diretora-geral do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM/MG); Andréa Vulcanis, secretária do Meio Ambiente de Goiás (SEMAD) ; a confirmar; Oscar Cordeiro Netto, diretor da ANA
12h10 ; Debate
12h30 ; Encerramento com Paulo Salles, diretor-presidente da Adasa
O evento acontecerá no Auditório do Correio Braziliense, em Brasília-DF.
As inscrições podem ser feitas pelo site https://www.correiobraziliense.com.br/segurancahidrica/