Jornal Correio Braziliense

Brasil

Estudantes voltam às ruas



As manifestações contra corte de verbas da educação, convocadas para hoje, devem contar com menos participantes dos que compareceram aos atos do último dia 15. Essa é a expectativa de líderes de partidos da oposição. Reunidos ontem em Brasília, os presidentes de PT, PSB, PDT, PSol e PCdoB, além de representantes da Rede e do PCB, avaliaram que, desta vez, a manifestação foi convocada pelo movimento estudantil. No dia 15, os protestos foram acompanhados por paralisações organizadas por sindicatos de professores.

;É difícil que as manifestações sejam maiores do que as do dia 15, que foram muito grandes e superaram as expectativas. Mas não serão menores nem mais frágeis do que as de domingo passado (que tinham como mote a defesa das reformas e do governo Jair Bolsonaro);, disse o presidente do PSol, Juliano Medeiros. Presidentes de outros dois partidos que participaram do encontro confirmaram a avaliação.

As manifestações foram convocadas pela União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e a Associação Nacional dos Pós-Graduandos. Partidos como o PT oficializaram o apoio aos atos. Representantes de 30 movimentos, entre eles nove centrais sindicais e várias pastorais católicas, entregaram à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) um pedido de apoio. A entidade não se pronunciou.

Os estudantes convocaram manifestações em 27 capitais e dezenas de cidades do interior. No dia 15, sos protestos levaram milhares de pessoas às ruas em 250 cidades de 26 estados.