Apesar de ser um país atlântico, o Brasil é a sétima nação mais próxima da Antártica, por isso, sofre influência direta dos fenômenos naturais da região mais austral do planeta. Em 1975, o país aderiu ao Tratado da Antártida e começou a planejar o Programa Antártico Brasileiro (Proantar), criado em 1982. Uma porta de entrada para os cientistas e pesquisadores brasileiros numa fronteira de inúmeras possibilidades para o conhecimento. Nesse mesmo ano, a Marinha adquiriu o navio polar dinamarquês Thala Dan, rebatizado de Navio de Apoio Oceanográfico Barão de Teffé.
O sucesso da Operação Antártica I resultou no reconhecimento internacional de nossa presença na Antártica, o que permitiu, em 12 de setembro de 1983, a aceitação do Brasil como Parte Consultiva do Tratado da Antártica. Cinquenta países são signatários do tratado, que entrou em vigor em 1961. Desde 1983, o Brasil é um dos 29 membros consultivos, com direito de voto e decisão.
No verão de 1984, foi instalada a Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), na Península Keller, Baía do Almirantado, Ilha Rei George, Ilhas Shetlands do Sul. A primeira equipe era composta de apenas 12 homens e a estação tinha oito módulos da EACF. Foi em 1986, na Operação Antártica IV, que se iniciou a ocupação permanente da estação, com 33 módulos, o ano todo.