As lideranças do Partido Social Liberal (PSL) decidiram, hoje (21/5), que o partido irá liberar os parlamentares para apoiar os atos em favor do governo Bolsonaro que ocorrerão no dia 30. A decisão, acordada em reunião com membros do partido foi de votação simbólica e contou com a presença dos parlamentares da bancada do partido.
De acordo com o presidente do PSL, Luciano Bivar, o partido apoiará o movimento em prol das ;pautas do Brasil; e confirmou que estará presente nas ruas durante o domingo. ;O PSL apoia qualquer movimento em defesa do presidente. Esse movimento não partiu do PSL, é espontâneo, mas liberamos todos os nossos parlamentares para participar. Nós estamos com o presidente da República e só temos a ficar felizes com a manifestação,; afirmou.
Assim como a deputada Janaína Paschoal, que se pronunciou contra as manifestações de domingo, o presidente do PSL havia se posicionado contra inicialmente. ;Não tem porque criticar as manifestações. A Janaína tem suas razões, eu no início também tinha, é natural,; reconheceu. Sobre os boatos que a deputada deixaria o partido, o presidente do PSL afirma que conversou hoje com ela e que não há pretensão para o mesmo.
O presidente do partido ressalta ainda que a maior parte de bancada deve estar a favor da manifestação. ;Houve um consenso estrondoso e o que sinto é que todos apoiam a decisão.; A declaração de Bolsonaro também foi comentada por Bivar: ;Não é uma movimentação dele, é um movimento popular e não tem porque eles estar infiltrado ou estimulando um movimento que não foi ele que criou. Ele está equidistante aos movimentos de rua.;
Confirmaram também presença no evento nomes como o senador Major Olímpio (PSL-SP) e a deputada Carla Zambelli (PSL-SP), que destacou: ;Manifestação de rua não precisa de apoio partidário. Eu estarei como pessoa e cidadã comum, sou convidada porque era ativista.;
Major Olímpio sinalizou que a decisão do partido de liberar a participação tem como motivo não haver uma confusão da instituição do partido com pautas que não se alinhem. ;Se vai um intervencionista dizer: ;eu quero que feche o Congresso, eu quero GLO e depois interveção militar;, eu como cidadão e senador não concordo, mas defendo que o indivíduo tem direito de se manifestar. Mas pelo que acredito não haverá essa dissonância,; conclui.
Quanto às pautas que correm no Congresso, as lideranças reiteraram a posição do partido de apoiar a permanência da Coaf no Ministério da Justiça e se restabeleça/não modifique a diversidade dos ministérios. ;O PSL é favorável que a Coaf permaneça com o ministério da Justiça e fique tudo como está no texto original,; afirmou Bivar. A MP 870 também foi comentada por ele: ;É uma decisão do legislativo. A proposta foi posta para a casa representativa do povo brasileiro e dentro das propostas eles irão tomar uma decisão.;