A Prefeitura de São Paulo anunciou nesta quinta-feira, 16, a meta de atender as solicitações de tapa-buraco em até 10 dias até o fim de junho. Segundo a gestão Bruno Covas (PSDB), o prazo máximo atual é de 45 dias entre a abertura do pedido no sistema 156 e a resolução do problema.
A meta foi anunciada em agenda oficial na sede da Prefeitura, no centro de São Paulo. Na data, Covas assinou um decreto que prevê maiores exigências às permissionárias e concessionárias de serviços de infraestrutura urbana (tais como telefonia, internet e gás), apontadas como uma das principais responsáveis pela criação de novos buracos na cidade.
O prefeito anunciou ter atendido 41 mil solicitações de tapa-buraco em 40 dias, cumprindo a meta de 38 mil para o prazo (o que representa cerca de 28 mil buracos, pois parte dos pedidos são repetidos). Segundo ele, ainda há 20 mil atendimentos em espera, sendo que cerca de 300 novos buracos são abertos na capital diariamente.
Covas disse, ainda, que de 90 a 100 caminhões trabalham exclusivamente com tapa-buraco, número que era de 30 no início do ano. Ele admitiu, contudo, que o serviço é "paliativo", e que a solução ideal seria o recapeamento das vias, o que afirma ser inviável em curto prazo.
"O tapa-buraco é um serviço paliativo. O que resolve mesmo é o recape na cidade de São Paulo", aponta ele, que afirma ter aumentado o investimento de R$ 300 milhões anuais (em 2018) para R$ 400 milhões. "Se esse volume (de investimento) for mantido, talvez em 20 anos, a gente possa ter um viário melhor. Se tivesse sido feito há 20 anos atrás, a gente não teria essa quantidade imensa de buracos."
"Nós estamos falando de mais de 17 mil quilômetros de vias na cidade. Não há como, em uma gestão, a gente gastar bilhões e bilhões de reais para recapear a cidade como um tempo. O serviço vai sendo feito, mas ele gera um resultado somente a longo prazo."
A gestão municipal alega que, das reclamações de serviços de tapa-buraco mal feito, 96% são dos atendidos pelas concessionárias. Diante disso, um sistema de monitoramento começou a ser adotado para arquivar imagens dos trechos antes, durante e depois da resolução do problema. Além disso, será necessário informar a gestão sempre que for aberto um novo buraco.
O secretário das subprefeituras, Alexandre Modonezi, ressaltou que, com o novo decreto, as concessionárias deverão manter o padrão da Prefeitura, como o de "recortar" a área do entorno do buraco para fazer o preenchimento, em vez de apenas aplicar o asfalto. "O decreto é o primeiro passo. Sabemos que precisamos melhor."