Mello quer evitar que atiradores de elite, em helicópteros, atinjam a casa do projeto Uerê, como já aconteceu no passado. "Por essas e outras que coloquei no teto e na fachada do Uerê para ver se não nos matam em dias de confronto. Uma vez um helicóptero metralhou a escola. A que ponto chegamos", afirmou ela em sua página no Facebook.
O Uerê é um ONG, surgida na década de 1990 para atender crianças e adolescentes com dificuldades de aprendizagem relacionados a traumas provocados pela violência. Sua fundadora ficou conhecida após a Chacina da Candelária, em 1993, por conta do seu trabalho de acompanhamento de sobreviventes.
Nos últimos dias, ela vem recorrendo às redes sociais para protestar contra a atuação de atiradores de elite (snipers) durante a gestão do governador Wilson Witzel. "Atirar com snipers dentro de comunidades densamente povoadas é contra a lei. Um fato me chamou a atenção. Os helicópteros só atiram em comunidades de comandos de facções, mas nunca em comunidades dominadas pelas milícias", afirmou.