Conforme a pasta, 994 municípios - 20% do total pesquisado - têm alta infestação do mosquito transmissor, o Aedes aegypti. Em relação à dengue, o maior número de pessoas doentes está na Região Sudeste, com 65% dos casos prováveis.
Oito unidades da Federação apresentaram incidência superior a 300 casos por 100 mil habitantes. A situação é mais preocupante em Tocantins e Mato Grosso do Sul. Em São Paulo, onde a epidemia se concentra no interior, o índice é de 349,1 casos por 100 mil habitantes.
Moradora de Sorocaba, no interior paulista, a doceira Clélia Alves, de 34 anos, entrou para as estatísticas. "Quando começou a dor de cabeça e em volta dos olhos, logo percebi que estava com dengue", conta ela, que contraiu o vírus em março. "O corpo todo começava a coçar e à noite eu não dormia de tanta coceira. Depois veio a febre, de 39 graus", lembra. Clélia se recuperou da doença e agora está em alerta para eliminar os focos do mosquito na vizinhança.
Conforme o Ministério da Saúde, o aumento no número de casos mesmo fora do verão se deve a condições ambientais como temperatura elevada e chuvas. A pasta identificou alta circulação do sorotipo 2 do vírus, o que contribui para um aumento no número de casos. Quando há mudança no sorotipo circulante, as pessoas infectadas passam a ter sintomas mais evidentes da doença. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.