O novo ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse que usará toda sua energia e força para entregar o resultado esperado, não só pelo governo, mas pela sociedade. Para ele, com os recursos que já existem hoje, é possível fazer muito mais na área da educação. "Com o que a gente gasta em relação ao PIB, a gente tem de entregar mais", defendeu, após ser empossado em solenidade no Palácio do Planalto.
Durante discurso, Weintraub falou novamente sobre a necessidade de se "acalmar os ânimos" para fazer "a roda rodar" de forma republicana. "Estamos abertos, vamos conversar, entregar o resultado que o governo se propôs", disse. "Precisamos entregar mais com menos, mais com o mesmo que a gente já gasta. Com o que a gente gasta em relação ao PIB, a gente tem de entregar mais. A função do ministro da Educação é entregar o que foi prometido no plano de governo", completou.
Descontraído, Weintraub começou sua fala brincando que as pessoas têm que relaxar um pouco quando for falar seu nome. "Podem me chamar de Abraham só". Ele pregou "calma de ânimos" no País e agradeceu a confiança do presidente Jair Bolsonaro pela nomeação e também do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, a quem era vinculado antes de ser indicado para substituir o colombiano Ricardo Vélez Rodríguez.
O novo ministro disse que ver "a substituição (de ministros) como algo natural", em referência à saída de Vélez, que deixa a função após uma série de polêmicas acumuladas na pasta. "São vinte e dois ministros - dois times de futebol completos - e dificilmente você vai ver o técnico não fazer uma ou outra modificação. Não porque seja ruim ou seja bom o ministro. Mas porque talvez naquele momento não esteja adequado. Vejo a substituição como algo natural", considerou. "O foco é com a população, que está demandando serviços melhores, com os pagadores de impostos, com as famílias", acrescentou.
Para rebater críticas de que não tem atuação na área de educação, Weintraub disse que não tem filiação partidária, se definiu como "técnico" e fez um resumo de sua carreira acadêmica como professor universitário, com vasta experiência, inclusive internacional. "Me sinto confortável para dizer que 70% dos ministros dos últimos anos eram professores universitários. É exatamente o que sou: professor universitário. Eu não tenho filiação partidária. Tenho convicções políticas que guiam meus passos, mas não estou acima das leis, do mandato que o presidente recebeu. Temos de ser subservientes às leis. Estamos aqui para servir o povo, a todos, mesmo aqueles que não concordam com a gente".
O novo ministro destacou que o seu diferencial é exatamente na parte de gestão e afirmou que estava ressaltando essa sua capacidade "não para se vangloriar, mas para acalmar ânimos".