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PM empurra estudante com cano de arma durante protesto em escola de SP

Durante um protesto na Escola Estadual Professor Frederico de Barros Brotero, em Guarulhos, na Grande São Paulo, realizado nesta quinta-feira, 4, um cabo da Polícia Militar empurrou uma estudante com o cano de uma arma longa. Um professor se colocou entre o PM e a aluna para apartar. Em vídeos divulgados por estudantes nas redes sociais, o cabo aparece ao lado de outros três policiais, apontando a arma para os estudantes. Depois, o professor tenta acalmar a situação, afastando os alunos dos PMs. Dois estudantes, de 16 anos, foram apreendidos por "ameaça" e encaminhados à Vara da Infância e da Juventude de Guarulhos. Os alunos protestavam contra uma decisão do atual diretor da escola de proibir a entrada após às 19h. Convocadas por um grupo de estudantes pelas redes sociais, manifestações ocorreram durante a manhã, a tarde e a noite desta quinta-feira. Segundo Raul Martins Sena, estudante do segundo ano do ensino médio, na quarta-feira, 3, o diretor fechou o portão da escola antes do horário previsto para o início das aulas. Ao receber, nesta quinta-feira, as imagens, o conselheiro do Conselho Estadual de Direitos Humanos (Condepe, Ariel de Castro Alves as encaminhou ao ouvidor de Polícia Benedito Mariano, que já informou que as imagens estão sendo analisadas pela Corregedoria Geral da PM. "Os policiais militares podem responder pelo crime de abuso de autoridade, previsto na lei 4898 de 1965. Os PMs também podem ser punidos pelo crime de submeter crianças e adolescentes a constrangimento, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente. Reivindicações dos estudantes e questões educacionais não podem ser tratadas como caso de polícia". Defesas A Secretaria de Segurança Pública de manifestou por meio de nota. "A Polícia Militar tomou ciência do vídeo da ação e instaurou investigação para analisar a conduta dos policiais envolvidos e todas as circunstâncias da ocorrência". A Secretaria de Educação do Estado vai apurar o episódio da Escola Estadual Frederico de Barros Brotero, em Guarulhos e colaborar com Polícia para esclarecer o fato. A reportagem tenta contato com a diretoria da escola. O espaço está aberto para manifestação.