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Conselho investiga cirurgião após morte de paciente em cirurgia plástica

Médico que atuou na cirurgia da vítima já era investigado por pelo menos outros quatro supostos erros médicos no Ceará

. Em um deles, a paciente também morreu.

Também nessa sexta, após a divulgação da reportagem, o corregedor do Conselho Federal de Medicina (CFM), José Fernando Maia Vinagre, declarou que vai pedir esclarecimentos ao Conselho de Medicina do Ceará (CRM-CE) sobre os procedimentos adotados diante das denúncias feitas contra Dias.

Vinagre diz que a corregedoria teve conhecimento apenas de um processo ético-profissional contra o cirurgião. Mas, segundo vítimas ouvidas pelo jornal, pelo menos duas denúncias foram feitas ao conselho - a primeira em 2016 e a segunda, no ano passado.

"Em julho de 2018, encaminhamos um ofício ao CRM-CE, dentro do processo da Camilla (Uckers, uma das pacientes que ficaram com sequela), listando outros quatro casos de pacientes prejudicadas pelo doutor Danilo, inclusive o caso da Lia Pacheco, que morreu, e pedimos a cassação do registro profissional dele, mas nada foi feito", relata Antonio Werner Feitosa, advogado que representa três das pacientes.

Ao tomar conhecimento pela reportagem do ofício, o corregedor do CFM afirmou que vai cobrar explicações. "Vou solicitar ao conselho do Ceará ou ao próprio corregedor que informe o que realmente aconteceu (a partir dessas denúncias)", declarou.

O Estado de S. Paulo pede, desde quinta-feira (28/3), esclarecimentos para o CRM-CE, sem sucesso. Procurado por e-mail e telefone, o assessor de imprensa do órgão não deu retorno.

A reportagem também tentou contato novamente com o cirurgião Danilo Rocha Dias, mas ele não respondeu ao pedido de entrevista. Na quinta, afirmou que seguiu todas as regras de segurança nas cirurgias e negou que tenha agido com imperícia ou imprudência. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.