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Heróis anônimos no massacre de Suzano salvam alunos durante tiroteio

A merendeira Silmara Cristina Silva de Moraes, de 54 anos, que estava na escola na manhã de hoje, ajudou a salvar vários alunos durante o massacre

Estado de Minas
postado em 13/03/2019 14:57
Massacre na cidade de Suzano, no interior de São Paulo, deixou pelo menos dez mortos na manhã de hoje
Em meio ao caos e à tragédia que aconteceu hoje na escola estadual Raul Brasil, em Suzano, no interior de São Paulo, onde dois jovens mataram pelo menos oito pessoas e suicidaram, nascem heróis anônimos e espontâneos.

Exemplo disso é a merendeira Silmara Cristina Silva de Moraes, de 54 anos, que estava na escola na manhã de hoje e ajudou a salvar vários alunos durante o massacre.

Em entrevista ao G1, Silmara relatou que vários funcionários do colégio ;fizeram barricadas com geladeira e freezer; e utilizaram uma mesa do refeitório como escudo para proteger os alunos.
[SAIBAMAIS]
;Nós estávamos servindo merenda e aí começou os ;pipoco; e as crianças entraram em pânico. Abrimos a cozinha em começamos a colocar o maior número de crianças dentro e fechamos tudo e pedimos para eles deitarem no chão;, disse.

A funcionária explica que conseguiu abrigar cerca de 50 adolescentes na cozinha da escola, mas depois disso foi preciso fechar a porta do local. ;Ficamos acuados em um canto só, se acontecesse alguma coisa ele ia pegar muita gente;, desabafou.
Mesmo quem não estava no local conseguiu ajudar as vítimas. Rosi, mãe de uma aluna que estudava na escola, recebeu uma ligação da filha durante o tiroteio e, sem veículo próprio, contou com a ajuda de vizinhos para se deslocar até o local. ;O trânsito estava fechado no caminho e consegui pegar carona com outras mães para chegar aqui;, explica.

Ela conta ainda que uma professora, a filha dela e vários alunos estavam na sala de aula quando começaram os ataques e que um dos assassinos tentou entrar no local. Porém, ;vários alunos seguraram a porta e ele não conseguiu;, afirma.

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