"Estou muito triste com essa situação. Temos que entender o porquê de isso estar acontecendo. Essas coisas não aconteciam no Brasil. Na minha opinião (...) vemos essa garotada viciada em videogames (...) videogames violentos. Tenho netos e os vejo muitas vezes mergulhados nisso aí. Quando eu era criança, jogava bola, soltava pipa. A gente não vê mais essas coisas. Lamento profundamente tudo o que ocorreu", disse o vice ao chegar para trabalhar no Palácio do Planalto.
Mourão afirmou, ainda, que a rotina de trabalho de pais e mães dificulta a criação dos jovens, que praticamente não contam com escolas públicas em tempo integral. "Os pais e mães são obrigados a trabalhar por exigência da sociedade moderna, nos faltam escolas em tempo integral (...) Eu tive oportunidade de, na minha adolescência, morar dois anos nos Estados Unidos, na década de 1960. A aula era das 9 às 15h, almoçava no colégio, tinha educação física, uma porção de coisa", complementou.
Por fim, ao dizer que "algumas tarefas, a gente se propõe", o vice passou a impressão de que tentaria intervir na melhoria do ensino público em tempo integral no país e em medidas de combate à violência.
Na manhã desta quarta, um adolescente e um homem encapuzados mataram oito pessoas na Escola Estadual Raul Brasil, em São Paulo, por volta das 9h30. A dupla se suicidou minutos após cometer os assassinatos. Quatro mortos são alunos do ensino médio e outros dois adolescentes, que chegaram a ser socorridos, morreram no hospital. Entre as vítimas há, também dois funcionários do colégio. Um deles, a coordenadora.
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