Jornal Correio Braziliense

Brasil

Relembre casos de atiradores em escolas no Brasil

O Brasil já enfrentou ataques semelhantes em diferente estados, sendo o mais emblemático o caso de Realengo, ocorrido em abril de 2011

O ataque à escola estadual Raul Brasil, que ocorreu na manhã desta quarta-feira (13/3), quando dois atiradores invadiram a instituição e abriram fogo contra estudantes e funcionários, não é o primeiro do tipo no Brasil.

O país já enfretou ataques semelhantes em diferente estados, sendo o mais emblemático o caso de Realengo, ocorrido em abril de 2011. Relembre:

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Caso Realengo

Na manhã de 7 de abril de 2011, o ex-aluno Wellington Menezes de Oliveira, 23 anos, adentrou a Escola Municipal Tasso da Silveira, no bairro de Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, e abriu fogo contra alunos, deixando 12 crianças mortas e 17 feridas.

O atirador cometeu suicídio na escadaria da escola, após ser baleado na perna por um policial. A ação de Wellington durou 12 minutos, durante o qual o atirador descarregou dois revólveres de calibres .32 e .38.

Segundo a investigação, o motivo do massacre seria o bullying sofrido pelo jovem. Na carta de suicídio, o atirador deixou instruções de como deveriam ser feitos a retirada de seu corpo e o sepultamento, demonstrando relação com fundamentos reliogosos ao usar palavras como "impuros". Análises do computador do jovem mostraram que ele constamentente fazia pesquisas sobre terrorismo.

Após o caso, a Escola Tasso da Silveira passou por um reforma e ganhou um moderno sistema câmeras e alarmes, além de contar com uma guarda de segurança permanente na portaria da instituição.

Colégio Goyases

Em outubro de 2017, um adolescente de 14 anos matou dois colegas e deixou quatro jovens feridos depois de efetuar disparos no intervalo de aula no Colégio Goyases, em Goiânia.

Segundo relatos de colegas, o jovem era constantemente chamado de ;fedorento; e já planejava vingança contra os colegas há meses. Filho de uma policial militar, o jovem usou um revólver calibre 40 para executar a ação.

Taiúva (SP)

Edmar Aparecido de Freitas, 18 anos, abriu fogo no pátio da escola estadual Coronel Benedito Ortiz, em janeiro de 2003. O jovem atingiu alunos, professores e funcionários e, logo depois, se matou. A arma utilizada no crime foi um revólver calibre .38 com o qual fez 15 disparos, deixando oito pessoas feridas, entre elas uma professora e o caseiro da escola.

Salvador

Em 2002, um jovem de 17 anos matou duas colegas dentro da sala de aula do Colégio Sigma, na orla da capital baiana. Na época, a delegada encarregada do caso afirmou que a arma utilizada pelo garoto era um revólver calibre .38 que pertencia ao pai do garoto.

O estudante sacou a arma e atirou no peito da estudante Vanessa Carvalho Batista, que sentava ao lado do rapaz. O jovem andou mais seis metros na sala e atirou em outra colega, Natasha Silva Ferreira, atingida três vezes, no peito e na cabeça. As duas alunas morreram.


São Caetano do Sul (SP)

Em setembro de 2011, um aluno de 10 anos atirou contra a professora Rosileide Queiros de Oliveira, 38, e se matou em seguida, na escola Professora Alcina Dantas Feijão, no município de São Caetano do Sul (SP).

No momento do disparo, 25 alunos estavam na sala de aula. A criança se retirou da sala após atirar na professora e disparou contra a própria cabeça. A arma usada no crime foi revólver calibre .38 que pertencia ao pai da criança, um guarda civil.

Na época, a polícia investigou a hipótese de que o garoto sofria bullying. A corporação chegou a afirmar que o menino sofria gozação dos colegas, mas voltou atrás.

João Pessoa

Um adolescente de 16 anos atirou em três alunas de escola estadual Santa Rita, em João Pessoa, capital da Paraíba. O caso ocorreu em abril de 2012. O atirador tinha como objetivo matar um colega de 15 anos com quem havia discutido duas vezes.

*Estagiária sob supervisão de Humberto Rezende