Um mês depois de ter sido criada, a comissão parlamentar de inquérito (CPI) que tem o objetivo de apurar as causas do rompimento da barragem da mineradora Vale, em Brumadinho (MG), será instalada no Senado nesta quarta-feira, 13. A tragédia ocorreu em 25 de janeiro e deixou ao menos 200 mortos e 108 desaparecidos até o momento. A instalação é um sinal verde para o início das atividades da comissão.
Nesta quarta-feira, 13, será realizada uma reunião entre os membros que compõem a comissão. Eles irão escolher os senadores que vão presidir e relatar a CPI. São integrantes titulares da comissão os senadores Antonio Anastasia (PSDB-MG), Selma Arruda (PSL-MT), Rose de Freitas (Pode-ES), Dário Berger (MDB-SC), Márcio Bittar (MDB-AC), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Jorge Kajuru (PSB-GO), Telmário Mota (PROS-RR), Wellington Fagundes (PR-MT) e Otto Alencar (PSD-BA).
Os senadores Roberto Rocha (PSDB-MA), Leila Barros (PSB-DF), Jean Paul Prates (PT-RN) e Carlos Viana (PSD-MG) são suplentes.
A intenção do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), era de criar uma comissão mista, formada por senadores e deputados. A ideia não prosperou. De acordo com ele, não houve entendimento entre Senado e Câmara. Na Câmara, o presidente Rodrigo Maia também determinou que uma CPI fosse criada. Lá, ela ainda não foi instalada.
Em meio à indefinição, a bancada mineira na Câmara protocolou um pedido de criação de comissão mista para investigar a tragédia. Parlamentares defensores da comissão mista afirmavam que ela daria celeridade às apurações e economizaria recursos das Casas.
Embora não tenham poder de punir a empresa, as comissões de inquérito são instrumentos de pressão política, podem requisitar documentos, interrogar autoridades e recomendar o indiciamento de pessoas e empresas.