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A vistoria começou no setor 2, com a verificação de camarotes. Equipamentos de combate a incêndio e estado de conservação da rede elétrica serão os principais alvos da vistoria. Diante do pedido do MP, a Justiça determinou que o Corpo de Bombeiros fizesse a vistoria em caráter emergencial. A Liga das Escolas de Samba do Rio (Liesa), responsável pelos desfiles, ainda não se pronunciou sobre a questão.
A alegação do MP é de que não há segurança para os frequentadores, especialmente em relação ao risco de incêndios. A passarela do samba não tem certificado de aprovação dos Bombeiros. O Sambódromo da Marquês de Sapucaí, na verdade, já está interditado preventivamente pelos Bombeiros para sediar eventos. Sua eventual liberação é condicionada a autorizações especiais.
O órgão diz que a estrutura, construída no meio dos anos 1980, representa risco à vida e à integridade física de espectadores e integrantes das agremiações que passarão por lá a partir desta sexta-feira. Há arquibancadas com vãos nas estruturas, buracos e vergalhões expostos, como constatou, nessa quinta-feira (28/2), reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.
Além da autorização do Corpo de Bombeiros, o MP pede que a Justiça condicione a liberação do evento também à assinatura de termo de responsabilidade pela Riotur, órgão da prefeitura, e pela Liesa, gestores do carnaval. O documento deverá assegurar que o local tem condições de segurança.
A ação se baseia em inquérito aberto após o grande incêndio que destruiu diversos barracões das escolas em 2011, na Cidade do Samba, na zona portuária do Rio. É ali que as principais escolas preparam os seus desfiles.