O promotor Marcelo Milani, do Ministério Público de São Paulo, incluiu duas empresas no inquérito que apura supostas irregularidades no viaduto da Marginal Pinheiros que cedeu em novembro do ano passado provocando transtornos para os paulistanos. Milani incluiu a Firpavi Construtora e Pavimentadora - em recuperação judicial - e a Proenge Engenharia e excluiu do rol de investigadas a Construtora Norberto Odebrecht, alvo da Operação Lava Jato que fechou acordo de leniência com a Procuradoria-Geral da República.
"Verificou-se que a empresa Construtora Norberto Odebrecht não possui qualquer relação com investigação em curso", crava Milani, da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, braço do Ministério Público paulista que investiga improbidade.
O promotor assinala que o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) informou que as empresas responsáveis pela construção do viaduto foram a Firpavi Construtora e Pavimentadora S/A e a Proenge Engenharia Ltda.
O inquérito foi aberto por suspeita de "afronta à lei de improbidade administrativa", após o Estado noticiar que a Prefeitura havia usado até 15 de novembro apenas 5% do orçamento inicial para 2018 com conservação e manutenção de viadutos e pontes. Enquanto a previsão era de R$ 44,7 milhões, foram gastos R$ 2,4 milhões, segundo dados de execução orçamentária do Município.
Nesta quarta-feira, 12, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), anunciou que o viaduto terá o acesso aberto para carros leves a partir de 18 de março. Segundo ele, as obras emergenciais estão em processo de finalização, cujo resultado será testado durante o carnaval. Já os trabalhos de manutenção ocorrerão quando a estrutura já estiver em funcionamento.