Brasil

Engenheiros que atestaram segurança da barragem de Brumadinho são presos

Os investigadores apuram se os documentos técnicos, feitos por empresas contratadas pela Vale, foram fraudados

Hellen Leite
postado em 29/01/2019 06:59
Os investigadores apuram se os documentos técnicos, feitos por empresas contratadas pela Vale, foram fraudados
A Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo cumprem, na manhã desta terça-feira, (29/1), cinco mandados de prisão temporária contra engenheiros que atestaram a segurança da barragem 1 da Mina do Feijão, em Brumadinho (MG), que se rompeu na última sexta-feira (25/1). Além disso, sete mandados de busca e apreensão são cumpridos pelas autoridades. O pedido foi expedido pela Justiça Estadual de Minas Gerais.

De acordo com o MP, três funcionários da Vale presos estão diretamente envolvidos com o processo de licenciamento da barragem que estourou em Brumadinho. Além disso, foram presos engenheiros terceirizados que atestaram a estabilidade da barragem, em data recente. Os documentos e provas apreendidas também serão encaminhados ao Ministério Público para análise.

Até a noite de segunda-feira, (28/1), 65 corpos haviam sido resgatados e 279 pessoas continuavam desaparecidas após a tragédia provocada pelo rompimento da barragem da mineradora Vale.

A investigação apura se documentos técnicos, feitos por empresas contratadas pela Vale e que atestava a segurança da barragem, foram fraudados. Os nomes das empresas prestadoras de serviços não foram divulgados. Dos cinco alvos da operação, dois tinham domicílio em São Paulo e os demais residem na região metropolitana de Belo Horizonte. A prisão foi decretada pelo prazo de 30 dias.
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A Vale se pronunciou através das redes sociais e informou que está colaborando plenamente com as autoridades. "A Vale permanecerá contribuindo com as investigações para a apuração dos fatos, juntamente com o apoio incondicional às famílias atingidas", diz no texto.


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