O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou nesta segunda-feira, 14, que a prioridade da pasta será a questão urbana. Ele criticou ainda a burocracia nos processos do órgão.
Em uma palestra de cerca de 40 minutos a empresários do setor imobiliário no Secovi-SP, Salles defendeu que nos últimos 20 anos houve uma preocupação com o meio ambiente em relação às matas e florestas, em detrimento do debate de temas urbanos.
"Deixamos muito a desejar na questão urbana. Este é o item número um da pauta de trabalho dos próximos anos", comentou.
Em relação aos servidores da pasta, Salles disse que será necessário diminuir a burocracia do órgão e aperfeiçoar critérios técnicos. "Temos de treinar a nossa turma a usar mais Excel", brincou.
Salles também defendeu um "reequilíbrio" da política nacional de resíduos sólidos que, segundo ele, tem objetivos "absolutamente inaplicáveis". "É preciso ter um senso de realismo, falar a verdade", disse.
O ministro defendeu ainda o aumento da parceria com o setor produtivo para a pasta. Em um dos exemplos, ele citou a concessão de parques nacionais à iniciativa privada.
Citando a viagem que fez na semana passada à Foz do Iguaçu (PR), onde visitou o Parque Nacional Iguaçu, Salles disse que no local era um "exemplo" de como os parques podem ser geridos.
"Nós queremos aumentar a quantidade de parques concessionados e acelerar, portanto, este trabalho de concessão de parques. Nós queremos mostrar o potencial do ecoturismo no Brasil", afirmou.
Salles ressaltou, no entanto, que não há um cronograma dentro da pasta para firmar estas parcerias.